Eric Palante é a última vítima em rali em que tragédias são frequentes

  • Por Agencia EFE
  • 10/01/2014 16h45
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Redação Central, 10 jan (EFE).- O motociclista belga Eric Palante (Honda), de 50 anos, encontrado morto nesta sexta-feira na rota da quinta etapa do Rali Dacar, disputada entre as localidades argentinas de Chilecito e Tucumán, se tornou a última vítima de uma competição que já causou várias outras mortes.

Em 2013, o francês Thomas Bourgin, de 25 anos, morreu ao sofrer um acidente na sétima etapa, entre a cidade chilena de Calama e a argentina de Salta.

A primeira vítima foi o jovem motociclista francês Patrick Dodin, em 1979, em Agadés (Níger), e o ano mais violento foram 1986, com sete mortes, incluindo a do criador do rali, Thierry Sabine, e 1988, com seis.

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Relação de pessoas mortas durante o Dacar:.

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1979: o jovem motociclista francês Patrick Dodin morreu após sair da pista e fraturar o crânio, em Agadés (Níger).

1981: o jornalista italiano Giusepe de Tommaso e três técnicos da Fiat morreram quando tentavam alcançar a corrida em Tamanrasset (Argélia).

1982: um caminhão de abastecimento de combustível tombou em Gao (Mali) e causou a morte de Ursula Zentsch, jornalista da revista francesa “Le Point”. No mesmo ano, Bert Oosterhuis, piloto holandês da categoria motos, morreu em conseqüência de um acidente, e uma criança malinesa, que estava na estrada, morreu após ser atropelada por um veículo.

1983: o francês Jean-Noel Pineau morreu após ser atropelado por um carro a cem quilômetros do final de uma etapa da edição daquele ano, que terminava em Uagadugu.

1984: uma mulher morreu e sua filha ficou gravemente ferida após serem atropeladas por um Range Rover que dava voltas de sinalização em Burkina Fasso.

1985: uma menina nigeriana morreu ao ser atropelada por um carro. O passageiro de um helicóptero morreu vítima de um acidente na Mauritânia, na véspera da chegada a Dacar.

1986: O motociclista japonês Yasuo Kaneko morreu em um acidente ao sul da França, na etapa entre Paris e Sete. Um helicóptero caiu em Mali em um acidente que causou a morte de cinco pessoas: o organizador e criador do Rali, Thierry Sabine, o cantor Daniel Balavoine, a jornalista Nathalie Odent, o piloto suíço François-Xavier Bagnoud e Jean-Paul Le Fur, técnico da Rádio Televisão Luxemburgo (RTL).

O italiano Giampaolo Marinoni morreu 48 horas após terminar a corrida. Ele caiu de sua moto a 40 quilômetros da chegada da última etapa; voltou a subir na moto sem se dar conta de que ao chocar-se com o guidão, tinha produzido graves lesões no fígado. Após ser operado em Dacar, morreu como conseqüência de uma grave infecção.

1987: o farmacêutico francês Henri Mouren morreu ao ser atropelado por um dos carros que acompanham a corrida, na região mauritana de Kiffa.

1988: nesta décima edição do Dacar morreram seis pessoas: o piloto de caminhão holandês Kees Van Loevezijn, o piloto de carros francês Patrick Canado, uma menina na aldeia maliana de Kitta, o motociclista Jean-Claude Huger, uma mulher e uma criança na Mauritânia.

1990: morreu o sexto jornalista na história do Dakar, o finlandês Kach Salmiden, em um acidente sofrido em Mali. Salmiden tinha sido piloto de ralis e trabalhava como repórter e fotógrafo. 1990-91: o francês Charles Cabanne, um piloto de caminhão da equipe de assistência de Citroën, morreu vítima de tiros quando a corrida passava por Mali, precisamente por In Kaduane, localidade dominada pelas tropas deste país, que enfrentavam a população tuareg do norte.

1991-92: o caminhão de assistência dos franceses Jean-Marie Sounillac e Laurent Le Bourgeois tombou quando chegava ao fim da segunda etapa e causou a morte de seus dois ocupantes.

1992 (Paris-Cidade do Cabo): morreu o francês Gilles Lalay, ganhador do Dakar em 1989, que chocou sua Yamaha contra um veículo de assistência médica. O piloto morreu duas horas depois em um hospital de Lumonbo (Congo). Este acidente motivou a retirada em bloco de sua equipe.

1994 (Paris-Dacar-Paris): o belga Michel Sansen (BMW), 59 anos, morreu ao cair de sua motocicleta sobre uma pista de areia, quando se dirigia rumo à saída da primeira prova cronometrada. Também morreu um menino senegalês ao ser atropelado por um veículo de assistência que andava em baixa velocidade.

1996 (Granada-Dacar): o francês Laurent Gueguen, piloto de um dos caminhões participantes, morreu ao sofrer um acidente durante a quinta etapa. O acidente foi no quilômetro 157 da prova especial – a cerca de 350 metros da pista principal -, se chocou com uma mina abandonada e pegou fogo. Gueguen não conseguiu sair do veículo e morreu. Os outros dois ocupantes do caminhão, Pascal Loudenot e Vincent Baudin, conseguiram abandonar o veículo.

O espanhol Tomás Urpí, um espectador de 24 anos, morreu em um hospital de Tarrasa, onde estava internado em coma como conseqüência dos ferimentos sofridos em um acidente ocorrido enquanto seguia uma etapa nas proximidades de Rabat. Urpí sofreu um forte traumatismo craniano ao capotar com o veículo que conduzia.

Uma menina guineana morreu após ser atropelada pelo motorista francês Marcel Pilet (KTM) durante a etapa disputada entre a localidade de Kayes (Mali) e Labé (Guiné Conacri). O acidente ocorreu em Tarembali, população próxima à meta situada na cidade guineana de Labé.

1997 (Dacar-Agadés-Dacar): o francês Jean-Pierre Leduc morreu ao cair de sua motocicleta KTM no quilômetro 247 da segunda etapa, disputada entre a localidade senegalesa de Tambacunda e a maliana de Kayes. Leduc, que participava de seu primeiro Dacar, tinha 45 anos, era casado e pai de um menino.

1998 (Paris-Granada-Dacar): quatro pessoas morreram e três ficaram feridas após uma colisão ocorrida no sul da capital mauritana, entre um táxi e um veículo que tinha participado da prova.

2001 (Arras-Madri-Dacar): na primeira etapa do Rali, um motorista alheio à competição morreu na cidade francesa de Montauban após chocar seu carro com um dos veículos da prova. Dez dias depois, o mecânico da equipe Toyota Trophy Daniel Vergnes morreu em um acidente de trânsito quando se dirigia à localidade de Tidjikja onde concluía a décima primeira etapa da competição.

2003 (Marselha-Sharm el-Sheikh): o co-piloto francês Bruno Cauvy morreu após sofrer um acidente no carro pilotado por Daniel Nebot, que saiu ileso, no quilômetro 270 da etapa especial entre Zilla e Sarir (Líbia).

2005 (etapa entre Zuerat e Tichit, do Rali Dakar 2005): o piloto espanhol José Manuel Pérez morreu quatro dias após sofrer uma grave queda de sua moto.

Fabrizio Meoni, ganhador do Dakar em 2001 e 2002, sofreu uma parada cardíaca quando disputava a décima primeira etapa entre Atar e Kiffa e morreu sem que os médicos pudessem fazer nada por sua vida.

2006 (nona etapa entre Nuakchott e Kiffa): o australiano Andy Caldecott sofreu uma queda no quilômetro 250 e morreu em conseqüência dos graves ferimentos.

Duas crianças morreram após serem atropeladas por carros participantes da corrida.

2007: O sul-africano Elmer Symonds sofre um acidente e morre durante a disputa da quarta etapa (Er Rachidia-Ouarzazate).

2009: O piloto francês Pascal Terry, de 49 anos, foi encontrado morto na madrugada do dia 7 de janeiro, em Jacobacci (Argentina), na 30ª edição do rali.

2010: Morreu uma jovem espectadora argentina após ser atropelada pelo veículo do piloto alemão Mirco Schultis.

2011: Um homem morreu em um acidente de trânsito ao se chocar com o automóvel do piloto argentino Eduardo Amor, que se dirigia ao acampamento do Dacar após a décima etapa.

2012: O motociclista argentino Jorge Andrés Martínez Boero, de 38 anos, morreu em um acidente no quilômetro 55 da primeira etapa do Dacar, entre as localidades argentinas de Mar del Plata e Santa Rosa.

2013: Duas pessoas morreram e sete ficaram feridas em uma colisão que aconteceu entre dois táxis e um carro de assistência do Rali Dacar a dez quilômetros da fronteira do Peru com o Chile, para onde a disputa se dirigia.

Além disso, o motociclista francês Thomas Bourgin (KTM) morreu ao se chocar contra um carro da Polícia chilena enquanto disputava a sétima etapa do Dacar 2013, entre a cidade chilena de Calama e a argentina de Salta.

2014: O motociclista belga Eric Palante (Honda) morreu durante a quinta etapa do Dacar, entre Chilecito e Tucumán, ambas na Argentina. O caminhão que recolhe os pilotos atrasados da etapa do dia anterior encontrou o corpo de Palante no quilômetro 143 do lance cronometrado. EFE

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