Espanha repatriará sacerdote infectado por ebola na Libéria

  • Por Agencia EFE
  • 05/08/2014 17h26

Madri, 5 ago (EFE).- A Espanha iniciará o protocolo de repatriação do sacerdote Miguel Pajares, isolado em um hospital da Libéria após ser infectado pelo ebola, informaram nesta terça-feira à Agência Efe fontes do Ministério da Saúde espanhol.

Estas mesmas fontes insistiram que os riscos de um possível contágio são “muito baixos” e que a repatriação será feita de acordo com os protocolos de máxima segurança estipulados pela Organização Mundial da Saúde (OMS), em uma decisão tomada hoje com as autoridades de Defesa Civil Europeia.

Miguel Pajares, de 75 anos, está internado no hospital San José de Monróvia, que está fechado por causa da morte por ebola de seu diretor Patrick Nshamdze, de quem o religioso espanhol cuidou durante sua doença.

O acordo para iniciar a repatriação foi alcançado em reunião realizada, por meio de videoconferência, com responsáveis de Defesa Civil Europeia, e dela participaram representantes dos Ministérios de Defesa, Interior e Saúde da Espanha.

Pajares e outras duas missionárias que estavam isoladas com ele no mesmo hospital, Concepción Chantal Pasaline Mutwamene e Paciencia Melgar, naturais do Congo e da Guiné, respectivamente, contraíram ebola, segundo os testes realizados neles e em outras três pessoas no mesmo centro de saúde.

“A situação no Hospital San José de Monróvia onde se encontram seis pessoas isoladas desde sexta-feira passada é grave”, declarou em comunicado a ONG espanhola Juan Ciudad ONGD ao anunciar o diagnostico do padre espanhol.

“Eu gostaria (de ir à Espanha) porque tivemos uma experiência muito ruim. Aqui estamos abandonados. Queremos ir à Espanha e que nos tratem como pessoas, como Deus manda”, afirmou Pajares em declarações à Agência Efe por telefone.

O surto de ebola na África Ocidental já infectou 1.603 pessoas, das quais 887 morreram, segundo dados divulgados na segunda-feira pela Organização Mundial da Saúde (OMS).

De 31 de julho a 1º de agosto, nos quatro países afetados pela epidemia – Guiné, Libéria, Nigéria e Serra Leoa – houve um total de 163 casos novos e 61 mortes, segundo a OMS. EFE

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