Espanhola com ebola segue em estado grave, mas há esperança, diz médico

  • Por Agencia EFE
  • 12/10/2014 11h34

Madri, 12 out (EFE). – A auxiliar de enfermagem espanhola Teresa Romero, contagiada pelo vírus do ebola, continua estável dentro do estado grave, embora apresente indícios que poderiam dar alguma esperança, disseram neste domingo os responsáveis médicos.

O diretor do Centro de Alertas e Emergências Sanitárias do Ministério da Saúde, Fernando Simón, explicou hoje à imprensa a evolução do caso da profissional, de 44 anos, que foi internada na segunda-feira passada no Hospital Carlos III com sintomas do vírus, o primeiro caso registrado fora da África.

“É uma doença grave. Não podemos garantir nada, mas há indícios para a esperança”, afirmou Simón, que se amparou na confidencialidade sobre o caso solicitada pela família de Teresa para não estender os detalhes sobre seu estado.

O motivo para a esperança é que “a carga viral vai sendo controlada e reduzindo”, mas com a cautela obrigatória que representa uma pessoa que tem ebola e “sempre está crítica”.

Enquanto isso, segue a investigação do processo pelo qual a auxiliar de enfermagem se contagiou, com a hipótese de que ela mesma tenha se infectado quando tirava o uniforme de proteção. Contudo, o diretor ressaltou que “é preciso verificar todo o processo”.

A Espanha está em contato com a Organização Mundial da Saúde (OMS) e com a União Europeia (UE) para informar constantemente sobre o foco surgido no país. Até então este era o único caso fora da África, porém hoje foi notificado o do funcionário do Hospital Presbiteriano de Dallas, nos Estados Unidos, que se contagiou após atender Thomas Eric Duncan, o liberiano que morreu na quarta-feira passada vítima do vírus do ebola.

No caso de Teresa, outras 15 pessoas consideradas de alto risco estão internadas, em constante monitoramento e em quarentena, embora nenhuma delas tenha apresentado sintomas de contágio.

Na Espanha duas pessoas já morreram pelo vírus: o padre Miguel Pajares (12 de agosto) e o padre Manuel García Viejo (25 setembro). Teresa Romero fazia parte da equipe que atendeu o primeiro religioso. EFE

nac/cdr

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