Especialistas recomendam aos EUA uso de injeções letais de um componente
Washington, 7 mai (EFE).- O centro de estudos bipartidário The Constitutional Project aconselhou o uso de injeções letais de um só componente para as execuções nos Estados Unidos por seu menor risco de erro ao administrá-la, em um relatório divulgado nesta quarta-feira.
Esta é a recomendação principal das 39 do documento. O estudo apresenta uma ampla revisão da pena de morte, desde a detenção à execução, elaborado por um grupo de especialistas legais que conta com partidários e opositores desta pena.
A publicação do relatório chega uma semana depois da acidentada execução de um preso em Oklahoma, que morreu mais de 40 minutos após receber a injeção letal, depois de sofrer convulsões e aparentemente de ter um ataque cardíaco. O caso gerou grande polêmica nos Estados Unidos.
“As jurisdições deveriam confiar no mais atual conhecimento científico para desenvolver protocolos que minimizam o risco de dor ou sofrimento, que, atualmente, demanda a adoção de um protocolo de um fármaco”, consta no relatório.
Os especialistas pedem que os estados americanos que aplicam a pena de morte usem uma grande dose de um anestésico ou barbitúrico, suficientemente para causar a morte.
Conforme detalham, as injeções que usam três remédios diferentes (um barbitúrico, um agente paralisante e um eletrólito que detém as células cardíacas), utilizadas na maioria dos estados – e que também se empregou em Oklahoma na semana passada -, “tem um alto risco de incorreta administração ou anestesia”.
Deste modo, acrescentam, se a anestesia não for aplicada de forma adequada, os remédios não tiverem as doses corretas, ou as injeções não forem administram com precisão, existe risco de a execução ser dolorosa.
O relatório cita o caso do Oregon, o único estado dos EUA que legalizou o suicídio assistido por médicos, no qual os pacientes tomam uma overdose de barbitúricos. Além disso, lembram que os veterinários também preferem as injeções de um só fármaco antes de as de três para sacrificar animais por considerá-lo “mais humano”. EFE
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