Estado Islâmico divulga vídeo que mostraria piloto sendo queimado vivo

  • Por Agencia EFE
  • 03/02/2015 16h29

Beirute, 3 fev (EFE).- O grupo jihadista Estado Islâmico (EI) divulgou nesta terça-feira na internet um vídeo que supostamente mostra vivo o piloto jordaniano Moaz Kasasbeh, capturado em dezembro do ano passado na Síria, sendo queimado vivo.

Na gravação, de 22 minutos e 34 segundos de duração e cuja autenticidade não pôde ser verificada, Kasasbeh aparece caminhando por uma área em ruínas com edifícios derruídos, onde lhe espera uma fila de extremistas mascarados.

Em seguida, se vê o piloto no interior de uma jaula, com imagens intercaladas de vítimas de supostos bombardeios da aviação da coalizão internacional liderada pelos Estados Unidos contra o EI, e na qual a Jordânia participa.

Um dos mascarados leva então uma tocha que outro jihadista acende e a aproxima de um pavio, que se estende desde o exterior da jaula até seu interior. Rapidamente a chama se expande e atinge o piloto, que é queimado vivo.

A execução de Kasasbeh é exibida no trecho final do vídeo, que começa com imagens do rei Abdullah da Jordânia e uma crítica dos extremistas à política externa do reino hachemita e sua participação na coalizão internacional contra o EI.

Antes da sequência de seu assassinato, Kasasbeh aparece falando para a câmera diante de um fundo escuro e dá detalhes sobre a coalizão e do dia em que foi capturado, 24 de dezembro, quando seu avião, que pertencia a essa aliança, caiu na província síria de Al Raqqah, reduto do EI.

A divulgação deste vídeo acontece depois que no sábado os extremistas exibiram outro vídeo, dessa vez mostrando a decapitação do jornalista japonês Kenji Goto.

O EI exigiu a libertação da extremista iraquiana Sayida al Rishawi, detida e condenada à morte na Jordânia, em troca da libertação de Goto e de Kasasbeh. No entanto, a exigência não foi atendida.

Na quinta-feira passada, as autoridades de Amã tinham solicitado uma prova de vida de Kasasbeh como condição para libertar Rishawi, mas tampouco foram atendidas. EFE

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