EUA acreditam que EI pode ter usado gás mostarda em ataque no Iraque
Washington, 14 ago (EFE).- O Departamento de Defesa dos Estados Unidos acredita que o Estado Islâmico (EI) pode ter usado pela primeira vez gás mostarda em um ataque contra forças curdas esta semana no Iraque, informou nesta sexta-feira a imprensa americana.
O “The Wall Street Journal” e a emissora “NBC” citaram funcionários não identificados do Pentágono que dão credibilidade às denúncias de um grupo de cerca de 60 militantes curdos que em um combate contra o EI foram atacados com armas químicas que lhes causaram ferimentos no garganta.
O ataque aconteceu na noite da quarta-feira cerca de 64 quilômetros ao sudoeste de Erbil, no norte do Iraque.
Os funcionários explicaram a ambos meios de comunicação que o EI poderia ter obtido o gás mostarda na Síria, cujo governo admitiu em 2013 dispor de grandes quantidades de armamento químico, mas se comprometeu a desfazer-se dele.
Outra possibilidade, apontaram os oficiais do Pentágono, é que se trate de arsenal obtido no Iraque pertencente ao regime de Saddam Hussein e que não foi destruído após a invasão americana.
Síria e Iraque são os duas origens mais prováveis do armamento químico, do qual o Departamento de Defesa já tinha ciência que poderia estar em poder do EI, inclusive antes de receber a informação sobre o ataque às forças curdas.
O gás mostarda, majoritariamente conhecido pelo uso que se fez dele na Primeira Guerra Mundial, pode causar cegueira e problemas respiratórios, mas só resulta mortal em quantidades muito elevadas.
Se for confirmado o uso de agentes químicos como o gás mostarda por parte do EI, a luta contra o autoproclamado califado no Iraque e na Síria adquiriria novas dimensões, já que os EUA precisariam treinar seus aliados no território para defender-se destes ataques e, possivelmente, oferecer-lhes material protetor. EFE
Comentários
Conteúdo para assinantes. Assine JP Premium.