EUA fazem testes de ebola em novos turistas que chegam ao país com sintomas
Atlanta (EUA), 13 ago (EFE).- As autoridades sanitárias dos Estados Unidos seguem em alerta perante a possível chegada de pessoas com ebola e nos últimos dias realizaram exames em turistas que chegaram ao país procedentes da África com sintomas similares aos provocados pelo vírus mortal, embora os resultados tenham sido negativos.
“Recebemos vários relatórios de pacientes com histórico de viagem recente a África Ocidental com sinais e sintomas de preocupação similares aos do ebola e se trabalha com especialistas aqui para saber se devemos realizar os testes”, disse hoje à Agência Efe Francisco Alvarado-Ramy, supervisor de epidemiologia da rede de estações de quarentena dos Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC).
“De menos de uma dezena que se apresentaram, todos foram negativos”, detalhou.
Alvarado-Ramy explicou que contam com 20 destas áreas para detectar e isolar viajantes que possam estar contagiados com a doença e que estas se encontram nos portos de entrada de algumas das cidades mais populosas do país como Atlanta, Miami, Nova York, Filadélfia, Boston, Los Angeles, San Diego, Chicago, Dallas e Detroit, entre outras.
No entanto, lembrou que há 300 portos de entrada ao país, motivo pelo qual naqueles lugares nos quais não existem estações de quarentena colaboram com as autoridades locais para detectar possíveis casos.
As estações estão a cargo de equipes dos CDC, que, além disso, contam agora com apoio do Instituto de Pesquisa de Doenças Infecciosas do Departamento Médico das Forças Armadas dos Estados Unidos (USAMRIID) e os Institutos Nacionais de Saúde (NIH).
“O mais importante é detectá-lo o mais rápido possível para poder isolá-lo”, expressou Alvarado-Ramy.
Há duas semanas, os CDC elevaram ao nível máximo seu alerta sobre as viagens a Guiné, Libéria e Serra Leoa e pediram aos americanos para evitar as viagens não “essenciais” a estes países, enquanto no caso da Nigéria recomendaram extremar as medidas de precaução.
“Atualmente as linhas aéreas e os oficiais de alfândega estão bem atentos e estamos vendo uma muito boa resposta de parte deles em parte pelo temor que existe a esta doença”, disse o funcionário dos CDC.
De acordo com os dados mais recentes da Organização Mundial da Saúde (OMS), o vírus causou 1.069 mortes na Libéria, Guiné, Serra Leoa e Nigéria. EFE
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