EUA matam no Iraque membro do EI vinculado ao atentado de 2012 na Líbia

  • Por Agencia EFE
  • 22/06/2015 22h44

Washington, 22 jun (EFE).- O Pentágono anunciou nesta segunda-feira que um de seus ataques aéreos matou na semana passada no Iraque um combatente do grupo jihadista Estado Islâmico (EI) que estava vinculado ao atentado de 2012 contra o consulado dos Estados Unidos em Benghazi (Líbia), no qual morreu o embaixador americano e outras três pessoas.

O ataque aéreo aconteceu no último dia 15 de junho em Mossul (Iraque) e matou Ali Awni Al Harzi, um cidadão tunisiano que era uma “pessoa de interesse” na investigação sobre o atentado em Benghazi, informou o Departamento de Defesa em comunicado.

A expressão “pessoa de interesse” é utilizada normalmente nos EUA para referir-se a um suspeito de um crime, embora também possa ser empregada para alguém que possa fornecer dados de interesse para a investigação.

“A morte (de Harzi) degrada a capacidade do EI para integrar os jihadistas norte-africanos no combate na Síria e Iraque e elimina um jihadista com importantes laços com o terrorismo internacional”, afirmou na nota um porta-voz do Pentágono, o coronel Steve Warren.

Em abril deste ano, o Departamento de Estado dos EUA acrescentou Harzi a sua lista de terroristas globais, o que congelava todos seus possíveis ativos financeiros sob jurisdição americana.

O atentado contra o consulado dos Estados Unidos em Benghazi aconteceu em 11 de setembro em 2012, quando um grupo armado invadiu esse edifício e matou o embaixador americano na Líbia, Chris Stevens, e outros três funcionários norte-americanos.

Os EUA suspeitam que Harzi teve um papel nesse ataque, segundo disse ao jornal “Washington Post” um funcionário de inteligência americano que pediu anonimato e não deu mais detalhes.

Desde que aconteceu o atentado de Benghazi, o governo americano teve dificuldades para encontrar e processar os responsáveis do ataque, que representou o primeiro assassinato de um embaixador americano na ativa desde 1979.

Em junho de 2014, os Estados Unidos conseguiram capturar o principal suspeito do atentado, Ahmed Abu Jatala, e levá-lo para ser julgado em Washington, onde se declarou inocente das acusações.

O ataque em Benghazi, que aconteceu no 11º aniversário dos atentados terroristas de 11 de setembro de 2001, se transformou em uma ferramenta política para os republicanos, que ainda questionam a resposta ao incidente do governo de Barack Obama. EFE

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