Ex-presidente da Petrobras diz que era “impossível” descobrir esquema
Brasília, 12 mar (EFE).- Ex-presidente da Petrobras José Sérgio Gabrielli afirmou nesta quinta-feira durante depoimento em CPI da Câmara dos Deputados, que era impossível detectar, mediante mecanismos internos, o esquema de desvios de recursos da estatal.
” Isso é um caso de polícia e, como tal, vai ser descoberto por investigação policial que vem de outras fontes, como é o caso da Operação Lava Jato, que começa por investigações sobre utilização de dinheiro ilícito”, disse Gabrielli.
O ex-dirigente da empresa afirmou que em uma empresa com 90 mil funcionários e volume multimilionário de negócios, é “impossível” detectar atividades ilícitas de alguns “poucos diretores”.
Segundo Gabrielli, em seu depoimento, não existe “corrupção sistêmica na Petrobras”, como apontam os delatores do esquema.
Durante a sessão de hoje da CPI, em alguns momentos os ânimos se acirraram entre deputados, com os deputados da oposição se valendo das informações repassadas por ex-gerente de Serviços da Petrobras, em depoimento realizado ontem.
Pedro Barusco, detido por causa de envolvimento no esquema, afirmou que a corrupção se acentuou no governo do PT, falando, inclusive, em institucionalização, a partir de 2003. O deputado Onyx Lorenzoni (DEM-RS), chegou a chamar Gabrielli de “cínico”.
“O senhor é cúmplice de um assalto de proporções gigantescas”, atacou o paralmentar.
O ex-presidente da Petrobras, por sua vez, se defendeu, dizendo que não figura na lista de investigados pela Justiça. EFE
ed/bg
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