Felipe Moura Brasil: As malandragens para soltar Lula enquanto Brasil se distrai com eleição
Ricardo StuckertEnquanto os brasileiros se distraem com a eleição, as tentativas de soltar Lula avançam no STF e no Senado
Enquanto os brasileiros se distraem com a eleição, as tentativas de soltar Lula avançam no STF e no Senado.
Ricardo Lewandowski pediu a Dias Toffoli, advogado do PT que virou presidente do Supremo, que paute a discussão da prisão de condenados em segunda instância, a chamada execução provisória da pena.
Lewandowski falou em “correção de rumos”.
Ele já vinha concedendo habeas corpus a condenados em segunda instância, contrariando o plenário da Corte, que decidiu em 2016 autorizar a prisão neste caso.
A malandragem de Lewandowski é tratar a execução provisória da pena como se fosse prisão preventiva, cobrando fundamentação que explicite a sua necessidade, por exemplo o risco de fuga ou de cometer novos crimes, como se não bastassem os crimes pelos quais o condenado foi condenado.
No caso de Lula, corrupção passiva e lavagem de dinheiro.
Na mesma linha de Lewandowski, a CCJ do Senado – Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania – pode aprovar, em decisão terminativa, novos critérios para a decretação de prisão após a condenação em segunda instância.
Carlos Fernando Lima, procurador que deixou a Lava Jato, denunciou no Facebook a manobra:
“OLHEM COMO PRETENDEM LIVRAR O LULA! Com tanto a ser feito pelo Brasil, congressistas acham tempo durante o recesso branco para criar problemas para o combate à corrupção.
A CCJ do Senado quer transformar a prisão em segunda instância, uma forma de execução antecipada da pena, em uma espécie de prisão preventiva, e assim livrar quem apresente garantias que não irá fugir ou cometer novos crimes.
O texto que será votado é um substitutivo do senador Ricardo Ferraço (do PSDB) ao Projeto de Lei do Senado (PLS) 402, de 2015, do senador Roberto Requião (do MDB).
A confusão é proposital, fazendo parecer que a prisão de Lula, como exemplo, seja considerada preventiva quando é, na verdade, execução provisória, que não se sujeita a contracautela.
É preciso cuidar da esperteza de alguns quando o Brasil não está prestando atenção. Votações nas vésperas ou logo após graves acontecimentos, quando a população está ‘olhando para o outro lado’ indica que há algo de podre na proposta.”
Se as manobras no Senado e/ou no STF vingarem, Lula será solto sem que Fernando Haddad, que negou que lhe daria indulto, precise sujar as mãos com um decreto se for eleito.
É tudo que o PT e seus apaniguados querem. Soltar um criminoso para que ele volte a comandar o país.
Olho neles.
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