Felipe Moura Brasil: Haddad é marionete de presidiário
Fernando Haddad, presidenciável do PT, citou na segunda-feira o seguinte trecho de uma cartinha atribuída ao presidiário Lula: “Quero que os tribunais superiores reconheçam que não há prova no processo contra mim e me absolvam.”
O próprio Haddad disse acreditar que Lula terá justiça e será absolvido. Luiz Marinho, candidato do PT ao governo de São Paulo, havia dito o mesmo no debate de domingo, ao fugir de uma pergunta feita por mim.
Esta, portanto, é a narrativa eleitoral petista – a velha tática de amenizar a culpa de um criminoso com a profecia de uma absolvição futura.
Ricardo Lewandowski e Dias Toffoli, dois ministros indicados por Lula para o Supremo Tribunal Federal, dão sua contribuição para reforçar a narrativa.
Na última sexta-feira, Lewandowski pediu vista no julgamento do pedido de liberdade de Lula, quando o placar estava em 7 a 1 contra o presidiário.
Ou seja: impediu a consumação de uma derrota de Lula em tribunal superior.
Nesta segunda, Toffoli, novo presidente do STF, disse que o julgamento interrompido por Lewandowski não será pautado em setembro.
Como o primeiro turno da eleição é em 7 de outubro, é possível que o julgamento fique para depois do pleito.
Assim se evita o desgaste do maior cabo eleitoral de Haddad, o candidato que disse que Lula é um grande conselheiro e terá papel de destaque em seu governo.
Lula teve a sorte de cumprir mandato de presidente em período de preço alto das commodities e de deixá-lo antes que sua política de gastos e os esquemas petistas de corrupção quebrassem o país – o que faz com que seus eleitores o associem a um período de bonança ocorrido apesar dele, não por sua causa.
Agora o poste de Lula e seus apaniguados fazem o diabo para redobrar a ilusão.
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