Felipe Moura Brasil: Xingar de ‘fascista’ é velha prática petista

  • Por Felipe Moura Brasil/Jovem Pan
  • 15/10/2018 07h45 - Atualizado em 15/10/2018 10h00
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Fernando Frazão/Agência Brasil Os rótulos disparados direta ou indiretamente contra Bolsonaro são apenas a repetição da velha cortina de fumaça petista

Não é de hoje que a esquerda lulista acusa seus adversários de ódio, preconceito, fascismo e nazismo.

No primeiro turno de 2002, o então presidenciável Ciro Gomes acusou o tucano José Serra de semear o ódio. Na mesma entrevista, declarou que apoiaria Lula no segundo turno, se não avançasse.

Em 2006, em comícios no Nordeste, Lula acusou o PSDB do seu então adversário Geraldo Alckmin de ter preconceito contra nordestinos e de só lembrar dos pobres em época de eleição. E acrescentou: “”Eles acham que somos homens e mulheres de segunda categoria. Eles acham que não temos direito de partilhar da riqueza produzida neste país.”

Hoje Lula está preso, vale lembrar, por partilhar de propinas em troca de contratos públicos com a Petrobras.

Em 2010, Renato Rovai, que o ex-presidente do PT Rui Falcão admitiu no programa Roda Viva ser um militante virtual do partido, chamou a campanha de Serra de nazi-fascista. Lula, em comício com a então candidata Dilma Rousseff em Santa Catarina, acusou o DEM de alimentar o ódio e disse com todas as letras o que queria fazer com o partido: “o DEM, que nós precisamos extirpar da política brasileira”.

Em 2014, Lula acusou o tucano Aécio Neves e o PSDB de atacarem Dilma “como faziam os nazistas durante a II Guerra Mundial” e de serem “mais intolerantes que Herodes que matou Jesus Cristo por medo de que chegasse a ser o que foi”.

Naquele mesmo ano, blogs petistas que receberam verba de publicidade federal durante o governo do PT ainda acusavam a campanha de Aécio de cultivar o germe fascista e seus eleitores de terem um comportamento fascista.

Em 2018, no primeiro turno, enquanto Ciro chamava diretamente Jair Bolsonaro de fascista, Fernando Haddad explicou o aumento da rejeição a si próprio rotulando indiretamente o deputado: “Parte expressiva da elite brasileira abandonou a social democracia para o fascismo”.

Agora, no segundo turno, a posição de Haddad contra Bolsonaro é justamente a alegada defesa da democracia, aquela que o PT solapou com mensalão, petrolão, financiamento de ditaduras como Cuba e Venezuela com dinheiro do BNDES, e fraudes fiscais.

No domingo, Haddad ainda alegou no Twitter que “o PT nunca violou o princípio democrático nos anos em que governou o país”. Como se a democracia petista, internamente, não tivesse consistido na compra de parlamentares com dinheiro sujo e nos benefícios políticos e imobiliários do atual presidiário Lula com os maiores esquemas de corrupção da história do país.

Os rótulos disparados direta ou indiretamente contra Bolsonaro são apenas a repetição da velha cortina de fumaça petista, com a diferença de que agora o adversário está na frente e que os princípios do partido foram expostos pela Lava Jato. No desespero, portanto, eles carregam na dose e o resultado é que soam cada vez mais cínicos.

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