Lula é candidato – a novas condenações
Dias Toffoli, Ricardo Lewandowski e Gilmar Mendes terão de arranjar uma nova desculpa para evitar ou anular as próximas condenações de Lula.
Aquela de que não foi demonstrado o vínculo – o chamado “liame” – entre os contratos da Petrobras e a propina paga pela Odebrecht ao petista caiu por terra.
Um laudo produzido pelos peritos da Polícia Federal de Curitiba, com base na análise dos dados contidos no sistema Drousys e Mywebday de pagamentos da Odebrecht, além de e-mails e extratos bancários, confirma que o dinheiro destinado ao custeio das obras no sítio de Atibaia saiu do caixa 2 da empreiteira, abastecido com dinheiro de obras da Petrobras, de outros órgãos públicos do Brasil e de contratos no exterior.
Ou seja: a Odebrecht gerava recursos “extras” de diferentes obras para formar um caixa único, usado para o pagamento de propinas a políticos como Lula.
O documento, produzido por demanda da própria defesa de Lula, foi anexado na quarta-feira aos autos da mesma ação penal sobre a reforma do sítio de Atibaia da qual a Segunda Turma do STF havia retirado trechos da delação da empreiteira que envolviam o petista.
O laudo corrobora ainda a versão do engenheiro Emyr Diniz Costa Júnior que, em delação, disse ter recebido R$ 700 mil para custear a compra de materiais e serviços relacionados à obra por meio do departamento de propina da Odebrecht.
Vale lembrar que a acusação do Ministério Público Federal é justamente de que as reformas no sítio usufruído por Lula e sua família foram bancadas pela Odebrecht e pela OAS como forma de repasse dissimulado de propina.
Toffoli, Lewandowski e Gilmar podem se fazer de cegos o quanto quiserem, mas a tendência é que os fatos novamente se imponham e Lula seja condenado mais uma vez em breve.
Na prática, Lula só é mesmo candidato a novas condenações, que estenderão em muitos anos sua merecida temporada na cadeia.
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