O que importa nas pesquisas são os detalhes
As pesquisas com Lula não valem, porque o corrupto e lavador de dinheiro condenado em segunda instância será afastado da disputa eleitoral pelo TSE.
As pesquisas sem Lula também não valem, porque Fernando Haddad, que tem 4% dos votos, ainda poderá crescer durante a campanha, com o apoio do presidiário inelegível.
Se algo importa nas pesquisas, são os detalhes. Por exemplo: João Amoêdo chegou a 2% no Datafolha. Está tecnicamente empatado com Haddad.
Se o presidenciável do Partido Novo pudesse participar dos debates de TV, como vem cobrando nas redes sociais, provavelmente também teria mais do que isso.
Mas a legenda fundada em 2011 ainda não tem o mínimo de 5 parlamentares no Congresso que obriga as emissoras a convidarem o candidato.
Diante da manchete de um portal que destacou Amoêdo como o primeiro nanico a crescer em pesquisa eleitoral, ele escreveu no Twitter que “o Novo não é um partido nanico. É um partido jovem.”
Já Guilherme Boulos, presidenciável do PSOL, partido socialista fundado em 2004, ficou com apenas 1% no Datafolha. O detalhe é que, em matéria de faixa de renda e de escolaridade, o líder do MTST só sai de 1% para 2% na pesquisa entre eleitores com mais de 10 salários mínimos e entre aqueles com ensino superior.
Ou seja: Boulos fala em nome dos pobres e não escolarizados, mas só cresce entre os ricos e escolarizados. Isso não é lá uma novidade no PSOL.
Em 2016, o deputado estadual Marcelo Freixo perdeu para Marcelo Crivella, do PRB, a disputa pela Prefeitura do Rio de Janeiro, mas venceu especialmente em zonas eleitorais da área nobre da cidade – a Zona Sul.
Boulos é da escola Freixo de candidatos socialistas.
E seus ataques em debates de TV, pelo visto, não surtiram efeito algum.
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