Resta a Lula manter narrativa de perseguido político

  • Por Felipe Moura Brasil/Jovem Pan
  • 04/06/2018 07h33 - Atualizado em 04/06/2018 09h44
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EFE/Antonio Lacerda De helicóptero, ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva chega à sede da Polícia Federal em Curitiba após ser preso em 7 de abril

Lula se recusa a pedir transferência da Superintendência da Polícia Federal em Curitiba para o Complexo Médico Penal de Pinhais, porque, ao fazer qualquer solicitação, estaria admitindo a condenação imposta pelos juízes da Lava Jato no caso do triplex do Guarujá.

E Lula, claro, não gosta de admitir nada. Nem que prefere a sala do Estado Maior, para evitar o convívio com outros presos.

Agora a esperança da defesa do presidiário inelegível é uma decisão do Comitê de Direitos Humanos da ONU que possa constranger o TSE, onde sua candidatura tende a ser barrada.

Acionado por Lula, o colegiado internacional admitiu avaliar artigo que trata do direito de votar e de ser eleito, segundo o Painel da Folha.

A aposta dos advogados é que uma decisão da ONU favorável a Lula, ainda que posterior ao resultado da disputa presidencial deste ano, possa alimentar o discurso sobre a ilegitimidade da eleição.

É claro que um Comitê da ONU não tem poder algum de interferir na democracia brasileira, que dirá revogando uma decisão da Justiça Eleitoral baseada em lei como a da Ficha Limpa, que prevê a inelegibilidade de condenados em segunda instância.

Mas só restaram ao corrupto e lavador de dinheiro essas tentativas de reforçar sua narrativa de perseguido político, para manter inalterada a crença dos fiéis da seita petista, descrita pelo ex-ministro Antonio Palocci.

Há fiéis para tudo. Até para acreditar que Lula leu 21 livros em 57 dias de prisão, em vez de ficar assistindo às novelas na TV.

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