Sem crescimento, Alckmin, “não tem solução”
O pré-candidato do PSDB, Geraldo Alckmin, disse nesta quarta-feira (13) em Florianópolis que “sem crescimento, não tem solução” e que, para o Brasil voltar a crescer, é preciso “reduzir o tamanho do Estado”.
“Primeira tarefa do Brasil é voltar o crescimento. Sem crescimento, não tem solução. Hoje há uma dificuldade fiscal muito grande das prefeituras, dos Estados e da União, que, além de não investir, ainda gasta todo ano 120, 130 bilhões [de reais] a mais do que arrecada. O Brasil precisa voltar a crescer. Voltando a crescer, claro, todos os governos vão arrecadar mais.
Para voltar a crescer, precisa diminuir o tamanho do Estado. Precisamos fazer um ajuste fiscal, que nós pretendemos fazer rapidinho, se Deus quiser, se for eleito, a partir de janeiro, como fiz em São Paulo, sem aumentar impostos. Nós investimos muito e reduzimos a carga tributária.
[É preciso fazer a] Reforma tributária, simplificar o modelo tributário, que hoje é muito complexo, destravar a economia, desburocratizar…”, disse.
É curioso ver Alckmin pregar a redução do tamanho do Estado 12 anos depois de vestir a famigerada jaqueta com o símbolo de estatais brasileiras, marca maior do inchaço do Estado, para provar que não era “privatista”, como a campanha de Lula o acusava em 2006.
O discurso da redução do Estado por meio do ajuste fiscal, no entanto, tem muito mais consonância com o discurso do DEM do que o estatismo do presidenciável do PDT Ciro Gomes, com quem o partido de Rodrigo Maia chegou a flertar.
Não que as alianças no Brasil sejam feitas em torno de ideias, como comprova o apoio do DEM à candidatura de João Doria ao governo de São Paulo em troca da indicação do vice na chapa. Mas, obviamente, alguma afinidade ideológica exime os partidos de maiores contorcionismos retóricos.
A tendência natural do DEM é apoiar o PSDB também na disputa presidencial, decerto em troca de outros cargos.
Mas, parafraseando Alckmin, sem crescimento do ex-governador em intenções de votos, não tem solução.
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