Só o PT ainda apoia a ditadura de Daniel Ortega na Nicarágua
Mônica Valente, secretária de Relações Internacionais do PT e mulher do ex-tesoureiro petista Delúbio Soares, discursou no encontro do Foro de São Paulo em Cuba. “Depois de tantos sucessos, sofremos uma contraofensiva neoliberal, imperialista, multifacetada, com guerra econômica, mediática, golpes judiciais e parlamentares, como ocorre na Nicarágua e ocorreu na Venezuela.” disse.
Tudo mentira, claro.
Tanto que até o ex-presidente uruguaio José “Pepe” Mujica, queridinho da esquerda latino-americana que visitou Lula na prisão em junho, defendeu no Senado do Uruguai a renúncia de Daniel Ortega.
O motivo é a repressão violenta exercida pelo regime esquerdista nicaraguense contra seus opositores, que já matou cerca de 360 pessoas em três meses – muitos deles, estudantes universitários.
Mujica declarou, com dor no coração: sinto que algo que foi um sonho se desvia, cai em autocracia. E entendo que aqueles que foram revolucionários perderam hoje o senso de que, na vida, há momentos em que devem dizer: Vou embora.
Na última terça, o Senado do Uruguai aprovou por unanimidade moção da Frente Ampla, o partido de Mujica, exigindo de Daniel Ortega “o fim imediato da violência contra o povo nicaraguense”.
O PT, no entanto, continua dando a maior força ao regime da repressão e da morte de opositores, como já faz em relação à Venezuela, onde as milícias chavistas reagem a protestos na base da bala e de onde a população pobre e esfomeada foge para o Norte do Brasil.
No encontro de 2011 do Foro de São Paulo, Lula chamou Daniel Ortega de “querido companheiro”. Agora os nicaraguenses também querem dizer: tchau, querido.
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