FMI ressalta “preocupação” por vulnerabilidade financeira de emergentes
Washington, 19 fev (EFE).- O Fundo Monetário Internacional (FMI) ressaltou nesta quarta-feira sua “preocupação” sobre a vulnerabilidade financeira dos mercados emergentes e recomendou às economias avançadas evitar uma saída “prematura” do estímulo monetário.
“A fuga de capitais, as taxas de juros mais altas, e a forte depreciação de divisas nas economias emergentes se mantêm como uma preocupação-chave como o contínuo ajuste das condições financeiras pode reduzir o investimento e o crescimento”, divulgou o Fundo.
O organismo internacional dirigido por Christine Lagarde publicou hoje o relatório que apresentará na reunião de ministros da Economia e banqueiros centrais do G20 em Sydney na próxima semana.
O Fundo destacou que o recente episódio de volatilidade nos mercados emergentes, com agudas depreciações nas moedas da Turquia, África do Sul, Argentina ou Indonésia, se deveu a “uma confluência de fatores”.
Os mais afetados, ressaltou, foram os países com “altos níveis de inflação e elevado déficit em conta corrente”.
“Embora o sentimento dos mercados tenha se recuperado recentemente à medida que as economias emergentes estratégicas tomaram medidas para aumentar a confiança e fortalecer seu compromisso com as metas de política econômica, este último episódio de instabilidade financeira ressalta as vulnerabilidades”, acrescentou a nota.
Como recomendações, apontou para políticas macroeconômicas “críveis” junto à “flexibilidade na taxa de câmbio”, e afirmou que lá onde as pressões inflacionárias são ainda altas devem ser considerado um maior ajuste da política monetária.
Por isso se refere às economias avançadas, reiterou a alta vivida na última metade do ano, especialmente nos Estados Unidos.
No entanto, advertiu que com “as perspectivas de melhoria em andamento, será fundamental evitar uma prematura retirada do estímulo monetário, incluindo os EUA”.
O Federal Reserve (Fed) americano iniciou uma saída progressiva e gradual de seu agressivo plano de estímulo monetário perante a melhora na economia americana, algo que contribuiu na saída de capitais de mercados emergentes na busca de ativos mais seguros como o dólar e favoreceu a volatilidade nestes países.
Por sua vez, o FMI afirmou que a zona do euro saiu finalmente da recessão, mas que “é necessário um maior estímulo monetário para elevar as perspectivas de alcançar a meta de inflação do Banco Central Europeu, e apoiar a demanda interna devido ao frágil crescimento” registrado na região. EFE
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