Forças de segurança do Afeganistão assumem oficialmente papel da Otan no país
Cabul, 1 jan (EFE).- O presidente do Afeganistão, Ashraf Gani, oficializou nesta quinta-feira, em cerimônia em Cabul, a entrega do controle total da segurança do país da Otan para as forças afegãs, após 13 anos de missão multinacional, a Isaf.
“Eu gostaria parabenizar toda a nação, pois hoje nossas forças de segurança assumiram a responsabilidade da Otan de proteger a soberania nacional de seus inimigos”, disse em um ato transmitido pelas televisões locais.
Gani agradeceu ao comandante da dissolvida Isaf, o general americano John F. Campbell, também presente na cerimônia, pela “ajuda e sacrifícios durante tempos difíceis”.
A Otan, no entanto, permanecerá no Afeganistão a partir desta quinta-feira com uma nova missão, que manterá entre 3.000 e 4.000 soldados junto a cerca de 10.800 soldados americanos em tarefas de assessoria e capacitação.
Gani aproveitou o ato para estender a mão ao Paquistão ao declarar “que nenhum país estrangeiro usará o solo afegão para atacar seus vizinhos”, em clara referência aos ataques com drones dos EUA de seu território.
O presidente também se referiu à ameaça do terrorismo global e afirmou que “não há bons e maus terroristas, são todos assassinos”, por isso pediu a outras nações que não protejam indivíduos que cometerem atentados em outros países.
As forças de segurança afegãs são compostas por cerca de 150 mil membros que terão a missão de estabilizar um país que atravessa um dos momentos mais complicados desde a invasão dos Estados Unidos e o final do regime talibã, há 13 anos.
Os talibãs acusaram nesta quinta-feira o Exército afegão de matar 20 pessoas e ferir outras 65, a maioria mulheres e crianças, após o lançamento de um míssil, ontem, contra uma casa em que se realizava um casamento na província de Helmand, no sul do Afeganistão. EFE
Comentários
Conteúdo para assinantes. Assine JP Premium.