Fósseis de mamíferos gigantes da era glacial são encontrados na Bolívia

  • Por Agencia EFE
  • 19/02/2015 17h28
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La Paz, 19 fev (EFE).- Uma equipe de paleontólogos da Bolívia encontrou no sudeste do país vários fósseis de mamíferos pré-históricos, com idade estimada de 14 mil anos, e que correspondem à última era glacial, informou nesta quinta-feira à Agência Efe um dos pesquisadores.

O cientista Omar Medina, da Sociedade Boliviana de Paleontologia, disse que a descoberta foi feita perto do município de Mojocoya, a 180 quilômetros ao nordeste de Sucre, no departamento de Chuquisaca.

Os pesquisadores encontraram partes de fósseis de gliptodontes (uma espécie de tatu gigante) e gonfoterios (mastodontes) em uma região que, de acordo com Medina, pode se tratar de um cemitério da era glacial, já que o material foi encontrado em uma grande extensão de terra.

“Existem vários ossos na superfície e achamos que existem muitos mais enterrados pelo lugar”, afirmou o cientista.

A descoberta inicial foi feita no fim de dezembro do ano passado, quando as equipes encontraram vértebras e molares de mastodontes graças à ajuda dos habitantes da região.

O trabalho prossegue com a coleta e busca de outras peças em uma área de aproximadamente cinco hectares. O plano dos paleontólogos é verificar a região em uma fase que deve durar de dois ou três meses. E, em uma etapa posterior, durante um ano.

A Prefeitura de Mojocoya financia sozinha o transporte das equipes e a primeira fase da investigação, indicou Medina.

“É um descobrimento importante porque Chuquisaca se caracterizava principalmente por ter pegadas de dinossauros e agora foram encontrados fósseis de mamíferos do Pleistoceno”, sustentou.

Perto de Sucre está um penhasco com várias marcas da presença de dinossauros, com uma idade estimada de 66 milhões de anos.

A equipe de pesquisadores é formada por seis bolivianos, assessorados por especialistas do Uruguai, que ajudaram a determinar a que espécie correspondiam os ossos encontrados.

Medina acrescentou que solicitarão ajuda a entidades estrangeiras, para obter a certidão internacional oficial da descoberta. EFE

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