França quer cooperação antiterrorista com outros países como tem com Espanha

  • Por Agencia EFE
  • 19/09/2015 15h40
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Paris, 19 set (EFE).- A ministra de Justiça da França, Christiane Taubira, destacou neste sábado o modelo de cooperação antiterrorista que seu país tem com a Espanha e disse querer reproduzi-lo com outros países, como já começaram a fazer com a Bélgica.

“Temos com a Espanha uma cooperação de grande qualidade”, em particular pelos contatos entre magistrados, declarou Taubira em discurso em Paris na homenagem anual as vítimas de terrorismo.

Esse “modelo” está sendo ampliado já com a Bélgica, e acrescentou que tem vontade de reproduzi-lo com outros países, mas ponderado que existem impedimentos para estabelecer esse grau de colaboração.

Em abril a ministra organizou em Paris encontros com magistrados de cerca de 50 países para favorecer seus intercâmbios e trabalharen em uma estandartização de procedimentos, e hoje disse estar se planejando para que se repita.

“A cooperação internacional deve permitir que as investigações sejam aceleradas”, ressaltou.

Esta homenagem de hoje coincide com o aniversário de um atentado contra um avião da companhia UTA em 1989 – que explodiu quando voava pelo deserto do Níger.

A ministra francesa informou das medidas tomadas em seu departamento para reforçar a luta contra o terrorismo a partir do plano de ação decidido por seu governo após os atentados jihadistas em Paris em janeiro.

Serão reforçadas as equipes dos serviços de informação nas prisões, que já aumentaram de 75 para 159 agentes, e para 189 em 2016.

Segundo ela, graças aos programas de prevenção foram detectados 204 jovens radicalizados ou em risco de se tornarem e foram evitaram viagens para zonas de combate no exterior.

Cada tribunal de grande instância terá um serviço de ajuda as vítimas, e seu orçamento aumentará em 65% nos próximos quatro anos.

“Os poderes públicos devem atuar para prevenir e lutar contra o terrorismo, e punir tão duramente seus autores quanto a lei permitir”.

Familiares das vítimas e um sobrevivente de um dos atentados deste ano – um cliente do supermercado kosher Hyper Cacher de Paris, tiveram a palavra.

A mãe de um piloto francês morto em Trípoli em 27 de janeiro em um atentado com bomba contra um hotel da capital, criticou que seu filho – que esteve durante anos na Aeronáutica – não tenha recebido a medalha da Legião de Honra, ao contrário de outros mortos em atos terroristas. EFE

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