“Game of Thrones” quebra recorde dos Emmy com 12 estatuetas
Antonio Martín Guirado.
Los Angeles (EUA), 20 set (EFE).- A série “Game of Thrones” foi na noite des domingo a grande vencedora da 67ª edição dos prêmios Emmy com um total de 12 estatuetas, o maior número registrado da cerimônia, embora tenha deixado espaço para que Jon Hamm e Viola Davis fizesem história com seus respectivos prêmios.
“Game of Thrones”, que chegou à festa com 24 indicações e oito prêmios em categorias técnicas – entregues na semana passada -, somou esta noite no teatro Microsoft de Los Angeles mais quatro: os de melhor série dramática, ator coadjuvante (Peter Dinklage), melhor direção (David Nutter) e melhor roteiro (David Benioff e D.B. Weiss).
“Não preparei nada; de fato, estava mastigando chiclete”, declarou um assombrado Dinklage após receber o prêmio.
O prêmio de melhor série dramática foi entregue pelo comediante Tracy Morgan, recuperado após um acidente de trânsito que o deixou em perigo de vida.
Hamm (“Mad Men”) conseguiu finalmente a estatueta de melhor ator de série dramática após oito indicações consecutivas.
“Isto foi um erro terrível, claramente. Me parece incrível e impossível que esteja aqui hoje”, afirmou o ator, visivelmente emocionado ao se despedir desta maneira do publicitário Don Draper, o personagem que mudou sua vida.
O Emmy de Hamm entrou para a história como o único vencido pelos atores de “Mad Men”.
Além disso Davis (“How to Get Away With Murder”) se tornou a primeira mulher negra a ganhar o Emmy de melhor atriz dramática.
“A única coisa que separa as mulheres negras das demais são as oportunidades”, declarou. “Você não pode ganhar um Emmy por papéis que, simplesmente, não existem”, acrescentou.
O título de melhor atriz coadjuvante foi para Uzo Aduba (“Orange is the New Black”), sua segunda vitória seguida. Entre lágrimas e completamente emocionada, Aduba indicou: “Quero agradecer mil vezes”.
Outro produto da HBO, “Olive Kitteridge”, foi protagonista com oito estatuetas – duas técnicas -, entre elas as de melhor minissérie ou telefilme, melhor ator (Richard Jenkins) e melhor atriz (Frances McDormand) para esta categoria.
Jenkins, com seu primeiro Emmy nas mãos, agradeceu “às incríveis mulheres que tornaram possível Olive Kitteridge” e dedicou a vitória a sua esposa, com a qual se casou há 46 anos.
Mcdormand, que também ganhou o primeiro Emmy de sua carreira, declarou: “Estamos todos aqui pelo poder que tem uma história bem contada. Às vezes isso é suficiente”.
Além disso, um ausente Bill Murray ficou com o prêmio de melhor ator coadjuvante em minissérie ou filme para TV, Jane Anderson o de melhor roteiro e Lisa Cholodenko o de melhor direção.
Regina King (“American Crime”) completou a lista de premiados em interpretação com o Emmy de melhor atriz coadjuvante em minissérie ou filme para TV.
Uma das grandes surpresas foi a vitória de “Veep” como melhor série de comédia – prêmio entregue pelo veterano Mel Brooks -, campo dominado nas últimas cinco edições por “Modern Family”.
“Modern Family” aspirava a seu sexto Emmy consecutivo, de modo que teria superado o recorde que compartilha com “Frasier” nessa categoria.
“Veep” somou cinco prêmios na noite, entre eles os de melhor atriz e melhor ator coadjuvante que foram para Julia Louis-Dreyfus e Tony Hale, respectivamente. Também cinco prêmios ganhou “American Horror Story: Freak Show” e “Transparent”.
Trata-se do quarto Emmy consecutivo e o sexto na carreira de Dreyfus, que passou, entre outras, Amy Poehler (“Parks and Recreation”), que acumula 17 indicações sem conseguir uma vitória.
Além disso, Hale venceu o prêmio que conseguiu há dois anos. Esta vez ficou na frente de favoritos como Ty Burrell (“Modern Family”).
Jeffrey Tambor ficou com o prêmio de melhor ator em série de comédia por “Transparent”, onde encarna uma transexual chamada Maura Pfefferman.
“Dedico o prêmio à comunidade transgênero. Obrigado por sua paciência, coragem, inspiração, suas histórias… Obrigado por nos deixar ser parte da mudança”, disse.
É a primeira vitória para o ator após sete indicações. As seis anteriores foram para ator coadjuvante.
Além disso, Allison Janney ganhou a estatueta de melhor atriz coadjuvante de comédia por “Mom”. Trata-se do seu sétimo Emmy. Anteriormente obteve quatro por “The West Wing”, um por “Masters of Sex” e outro por “Mom”. EFE
mg/ma
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