Governador de Utah avalia adoção do fuzilamento como método de execução

  • Por Agencia EFE
  • 12/03/2015 00h32
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Austin (EUA), 11 mar (EFE).- O governador de Utah, o republicano Gary Herbert, avalia a partir desta quarta-feira se sancionará a lei aprovada ontem no Senado estadual que autoriza o uso de um esquadrão de fuzilamento para executar presos condenados à morte.

Os legisladores votaram a favor de reinstaurar este método, que ficou relegado em Utah em 2004, caso o estado não seja capaz de conseguir injeções letais, cujos provisões são cada vez mais difíceis de obter.

A aprovação da lei no Senado estadual levantou tamanha polêmica que agora é incerto se Herbert a promulgará, segundo fontes de seu escritório.

“Estamos concentrados em explorar todas as opções razoáveis e legais para obter essas substâncias e assegurar que, quando seja necessário, estejamos em condições de executar as sentenças com uma injeção letal”, disse a meios de comunicação locais uma porta-voz do governo de Utah, Marty Carpenter.

“Nosso estado, como nos demais estados do país, está encontrando cada vez mais obstáculos para obter as substâncias requeridas para uma injeção letal”, declarou Carpenter, ao reconhecer que neste momento Utah não dispõe delas.

Desde que a pena capital foi reinstaurada nos Estados Unidos em 1976, apenas três dos 1.403 presos executados morreram por fuzilamento: dois em Utah e um em Oklahoma.

Utah é, de fato, o último estado que executou um condenado à morte por fuzilamento: Ronnie Lee Gardner, em 2010, que optou voluntariamente por esse método.

Embora o estado tenha decretado em 2004 a injeção letal como o método prioritário, os condenados à morte antes desse ano ainda podem escolher se preferem morrer assim ou por fuzilamento.

Oklahoma, por sua parte, prevê usar o fuzilamento caso as injeções sejam declaradas inconstitucionais.

Em 2011 os estados americanos começaram a ter problemas com a provisão das substâncias usadas nas injeções depois que a empresa Hospira deixou de produzir o componente essencial da mistura.

Desde então foram testadas fórmulas novas, que no ano passado falharam em três ocasiões provocando sofrimento prolongado nos condenados antes da morte.

Além dos problemas de provisão, a Suprema Corte dos Estados Unidos estuda a legalidade do uso do polêmico midazolam, a substância que falhou, motivo pelo qual as execuções em estados como Oklahoma, Flórida e Ohio estão temporariamente suspensas.

No ano passado Tennessee aprovou uma lei similar à de Utah, mas que reinstaurou a cadeira elétrica como método de execução. EFE

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