Governo da Venezuela proíbe filas noturnas perante os supermercados

  • Por Agencia EFE
  • 23/08/2015 16h21
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Caracas, 23 ago (EFE).- As filas noturnas diante dos supermercados de Caracas foram proibidas porque acolhem em boa parte especuladores que fomentam a escassez em comércios formais, a venda ilegal a preços mais altos e o contrabando à Colômbia, informou neste domingo o chefe de governo do Distrito Capital, Juan Dugarte.

“Está proibido fazer filas fora do horário” de atendimento ao público, porque gerentes e caixas, entre outros trabalhadores dos supermercados, assim como distribuidores de alimentos, antecipam aos especuladores a chegada de produtos de consumo em massa que por lei são vendidos a preços baixos, declarou Dugarte ao canal “Televen”, sem precisar desde quando é aplicada dita medida.

O assunto faz parte, sustentou em uma entrevista à emissora da rede privada da televisão venezuelana, da “guerra econômica” que que a oposição declarou ao presidente, Nicolás Maduro, e que para encará-la “foram formadas brigadas populares” que fazem “permanente supervisão”.

A oposição venezuelana, que atribui o problema à ineficácia e à corrupção, é acusada pelo governo de tentar generalizar o mal-estar cidadão para provocar uma revolta popular.

Na Venezuela são comuns as longas filas de pessoas que buscam comprar produtos nacionais ou importados pelo governo ou por empresários que obtêm do Estado divisas para isso, e que em 40% saem de contrabando para a Colômbia, segundo a denúncia oficial.

Por esse motivo, e entre outras razões frente a um intensificação da insegurança cidadã, Maduro ordenou na quarta-feira o fechamento de uma faixa da fronteira com a Colômbia que disse só reabrirá quando ambas nações acordarem um novo regime de passagem de pessoas e para a troca legal de produtos.

Dugarte lembrou à “Televen” que ele também é o chefe civil em Caracas do recém-criado por Maduro “Estado-Maior contra a guerra econômica” e que nessa condição procura “que se entenda de uma vez que o povo não pode ser explorado”. EFE

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