Governo e lideranças de Potosí iniciam diálogo após 20 dias de protestos
La Paz, 25 jul (EFE).- O governo da Bolívia e as lideranças do departamento andino de Potosí concordaram formalmente em começar na tarde deste sábado o diálogo para encontrar uma solução que encerre a greve geral que paralisou e isolou essa região há 20 dias.
O ministro da presidência, Juan Ramón Quintana, informou à imprensa que o acordo consiste em trabalhar a partir desta tarde de forma ininterrupta para que todos os participantes possam ser ouvidos.
Quintana fez o anúncio no final de uma reunião com o líder do Comitê Cívico Potosinista (Comcipo), Johnny Llally, e com dirigentes dos sindicatos mineradores do Estado e das cooperativas mineradoras, que apoiam Potosí em sua reivindicação por projetos de desenvolvimento.
O ministro destacou que o diálogo começará por volta das 14h (15h em Brasília) “nas melhores condições” e que as negociações poderão ser transmitidas por toda a imprensa.
No final da negociação, suas conclusões serão apresentadas ao presidente do país, Evo Morales, em um evento com os dirigentes do Comcipo, que lideram o protesto regional.
Quintana acrescentou que determinou que “sejam realizados os trâmites necessários” com a procuradoria para liberar os quatro manifestantes potosinos presos, três mineradores e um jornalista, que estão detidos desde quarta-feira acusados de vandalismo durante o protesto.
Llally acrescentou que também há um acordo para que o presidente Morales possa assinar decretos sobre os acordos alcançados em projetos de desenvolvimento, motivo da greve na região.
Com a greve, os potosinos exigem, entre outras reivindicações, a construção de uma hidrelétrica, três hospitais, mais estradas, fábricas de vidro e cimento, um aeroporto internacional e a preservação do Cerro Rico, a principal atração turística da cidade, que está deteriorada pela mineração. EFE
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