Governo iraquiano enviará reforço para Al-Anbar a fim de conter violência

  • Por Agencia EFE
  • 01/01/2014 18h19

Cairo, 1 jan (EFE).- O primeiro-ministro iraquiano, Nouri al-Maliki, decidiu nesta quarta-feira enviar reforços militares à província de Al-Anbar, palco há dois dias de violentos enfrentamentos entre o Exército e grupos de homens armados, informou a televisão estatal “Al Iraqiya”.

A decisão de Maliki é uma resposta aos pedidos da população, que pediu que Maliki não retire as forças dessa província, segundo a mesma fonte.

Com esta decisão, Maliki dá marcha ré depois que ontem ordenou que as tropas se retirassem da zona ao considerar que as Forças Armadas haviam “vencido em seu ataque aos ninhos da Al Qaeda e seus seguidores”, após o desmantelamento na segunda-feira dos acampamentos sunitas na cidade de Ramadi, capital de Al-Anbar.

A iniciativa de Maliki se produz em um dia no qual voltaram a ocorrer enfrentamentos entre os militares e os grupos armados, muitos deles tribais e em algumas ocasiões apoiados pela Al Qaeda.

Hoje, estes grupos libetaram dezenas de detidos na cidade de Faluja, onde incendiaram também várias delegacias.

Os policiais que protegiam o centro não puderem deter os grupos que libertaram os detidos, informou à Agência Efe uma fonte policial.

Por outro lado, pelo menos um policial e um soldado morreram e outros três ficaram gravemente feridos em um atentado com um carro-bomba conduzido por um suicida em um posto de controle conjunto da polícia e o Exército na cidade de Al Ratba, localizado na mesma província, perto da fronteira com a Jordânia.

Ainda não foi confirmado o número exato de vítimas na violência iniciada na segunda-feira, que corresponde ao desmantelamento dos acampamentos sunitas na capital da província de Al-Anbar, Ramadi.

No final de 2012, milhares de iraquianos sunitas iniciaram protestos maciços em várias cidades do país contra a marginalização que dizem sofrer e pedir a libertação dos detidos sem acusações e a anulação da lei antiterrorista.

Esses protestos acabaram transformadps em acampamentos permanentes nas capitais das províncias de maioria sunita, entre elas Al- Anbar, onde nas últimas duas semanas se produziram vários graves atentados contra altos comandantes do Exército iraquiano. EFE

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