Homem que atacou policiais de Nova York era radical islâmico

  • Por Agencia EFE
  • 24/10/2014 20h19

Nova York, 24 out (EFE). – As autoridades de Nova York afirmaram nesta sexta-feira que o homem que ontem atacou com um machado dois policiais da cidade tinha se convertido ao Islã há dois anos, defendia posições radicais e, aparentemente, agiu sozinho.

“Estou convencido de que se trata de um ato terrorista”, afirmou em entrevista coletiva o delegado de polícia de Nova York, William Bratton, que se apresentou perante os jornalistas com outros responsáveis pela segurança da cidade.

O homem, que foi morto a tiros pela polícia pouco depois de ferir com um machado dois agentes, foi identificado como Zale Thomson, de 32 anos. Segundo seus familiares, ultimamente, ele estava deprimido.

Ontem, sem falar qualquer frase, tirou um machado da mochila, atacou a cabeça de um policial e o braço de outro, antes que outros dois agentes que estavam no lugar o matassem.

“Agiu sozinho”, insistiu Bratton, que disse que as autoridades estão investigando se tinha mantido contatos com outros representantes da comunidade islâmica de Nova York que possam representar algum perigo.

Os relatórios dados pelas autoridades policiais indicam que Zale Thomson tinha sido detido em seis ocasiões na cidade de Oxnard, na Califórnia, entre 2003 e 2004, em todos os casos por assuntos domésticos, e que em 2003 tinha sido expulso do exército.

Ao investigar seu computador, a polícia encontrou um “extenso uso” de redes sociais, com conversas “contra o governo, contra Ocidente e contra a raça branca”. Tinha acessado sites de grupos terroristas ligados à Al Qaeda, a Al-Shabaab e o Estado Islâmico, além de ter buscado informação sobre o recente ataque contra o edifício do parlamento do Canadá.

As evidências tomadas dão a impressão de que o homem estava pensando no ataque “há algum tempo e mais intensamente nos últimos dias”, afirmou John Miller, subdelegado para Inteligência e Contraterrorismo de Nova York.

“Preliminarmente, parece que suas intenções eram as de cometer um ato terrorista”, acrescentou.

O homem era solteiro, não tinha filhos e não há dados sobre um emprego recente. Segundo sua família, ele passava muito tempo dentro do quarto. EFE

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