Iata: turista que não fizer reservas pode ficar sem voos durante a Copa

  • Por Agencia EFE
  • 23/05/2014 21h35

São Paulo, 23 mai (EFE).- Apesar das declarações recentes da presidente Dilma Rousseff de que os aeroportos brasileiros estão preparados para a Copa do Mundo, as medidas preventivas da Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) para evitar transtornos podem atrapalhar planos de viagens de última hora.

Isso porque uma resolução da Anac proíbe o uso dos aeroportos para além de sua capacidade limite a partir do dia 5 de junho. A medida faz parte da chamada Operação Copa e vai durar até o dia 25 julho, quase dois meses, para evitar caos aeroportuário e longos períodos de espera.

No entanto, segundo especialistas ouvidos pela Agência Efe, se a ação garante boa funcionabilidade para os aeroportos, por outro lado vai exigir planejamento por parte dos turistas.

“Nós vamos ter casos de pessoas que virão ao Brasil e terão que viajar sete, dez, doze horas (de ônibus)” ressaltou o diretor da Associação Internacional de Transportes Aéreos (Iata) no Brasil, Carlos Ebner.

“Não sei (como estes passageiros vão fazer), mas uma coisa sim: o governo está trabalhando para que a capacidade dos aeroportos não seja excedida”, declarou.

As multas para as companhias que usarem os aeroportos além da sua capacidade, seja solicitando o aeroporto e não utilizando, não cumprindo os horários determinados ou realizando pousos e decolagens não autorizados, variam de R$ 7 mil a R$ 90 mil.

De acordo com Ebner, para a primeira fase do torneio, os aeroportos devem corresponder à demanda, pois as companhias aéreas e os próprios turistas têm como planejar rotas viáveis.

É o caso das regiões norte e nordeste e do Rio de Janeiro, que seguem com alta demanda em detrimento de São Paulo, que apesar de ser a cidade sede da abertura do Mundial, segue com queda de demanda – possivelmente por conta de uma pausa nas viagens corporativas.

O problema, segundo ele, é a partir das oitavas de final, quando não será possivel saber quais seleções vão se classificar.

“O pessoal mais ou menos acha que o Brasil vai ficar em primeiro, junto com a Alemanha. Mas se isso não acontecer, a coisa muda completamente” explicou Ebner, ressaltando a falta de opções de transportes no país.

“As pessoas vão ter que se virar, não tem alternativa. Como ninguém sabe que voos vão operar (na segunda fase), estamos esperando para ver (a demanda)”, afirmou. EFE

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