Irã quer pacto nuclear para conseguir mais segurança na região, diz Rohani
Teerã, 19 nov (EFE).- O presidente do Irã, Hassan Rohani, demonstrou nesta quarta-feira sua esperança em alcançar um pacto nuclear antes da próxima segunda-feira nas negociações em Viena e disse que este é necessário para “conseguir mais segurança” na região.
“As condições para conseguir um acordo são favoráveis se a outra parte tiver determinação política e não tiver exigências excessivas”, declarou Rohani após um encontro com o presidente do parlamento, Ali Lariyani, e o chefe do Poder Judiciário, Amoli Lariyani, informou a agência oficial “Isna”.
“O governo quer garantir os direitos da nação e estabelecer mais segurança na região alcançando um acordo. Alcançá-lo seria um interesse de todos também de um ponto de vista internacional, porque melhoraria a situação econômica global, atualmente imersa em problemas, pela expansão do potencial econômico iraniano”, acrescentou.
Quanto ao apoio interno ao pacto no país, Rohani assegurou que “há harmonia no sistema em relação às questões gerais da negociação nuclear, aos objetivos que perseguimos e ao apoio à equipe negociadora”.
Nas últimas semanas, os setores mais radicais pediram ao governo que não ceda nem permita nenhum retrocesso no programa nuclear e, também, que exija em troca do pacto a suspensão imediata de todas as sanções internacionais, tanto as referentes à questão atômica como as demais.
As negociações nucleares, que começaram ontem em Viena sua última rodada antes da data limite para o acordo (na próxima segunda-feira, dia 24), continuaram hoje com encontros bilaterais e conversas entre técnicos.
O Grupo 5+1 (China, Rússia, Estados Unidos, França e Reino Unido, mais a Alemanha) tenta alcançar um pacto com o Irã que garanta que a República Islâmica não tenha capacidade para desenvolver armas atômicas.
Teerã, por sua parte, exige a suspensão das sanções, assegura que seu programa nuclear é pacífico e exige poder realizá-lo sem limites, mas está disposto a oferecer uma maior transparência e a modificar suas partes mais conflituosas. EFE
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