Israel: Ex-premiê Olmert é considerado culpado em novo caso de corrupção
Jerusalém, 30 mar (EFE).- O ex-primeiro-ministro de Israel, Ehud Olmert, foi considerado nesta segunda-feira culpado por um tribunal de Jerusalém de aceitar suborno de um empresário americano, um novo caso de corrupção que se soma a outro pelo qual foi condenado a prisão em 2014.
A corte revogou uma sentença de 2012 que o absolvia e considerou provado hoje que Olmert tinha recebido ilegalmente envelopes de dinheiro do empresário americano Morris Talansky.
A sentença será dada em 5 de maio, e se somará aos seis anos de prisão a que foi condenado em maio do ano passado por outro caso de corrupção urbanística, que atualmente está em discussão no Tribunal Supremo.
Os juízes do tribunal do distrito de Jerusalém consideraram hoje que o ex-chefe do governo israelense incorreu em um delito de abuso de confiança com circunstâncias agravantes no novo julgamento aberto sobre o caso conhecido como dos “envelopes de dinheiro”.
Olmert foi absolvido em 2012 da acusação de abuso de confiança nesse caso, mas o ano passado o caso foi reaberto após um acordo fora dos tribunais alcançado com a ex-chefe de seu Escritório e antiga assessora, Shula Zaken, que apresentou novas provas.
Gravações de áudio feitas por Zaken revelaram que Olmert a tinha persuadido a não testemunhar no primeiro julgamento por temer que pudesse incriminá-lo.
Os juízes destacaram que Olmert não quis testemunhar depois de Zaken apresentar as novas evidências.
A juíza do novo painel constituído para revisar o caso, Rebeca Feldman Friedman, assegurou que havia suficientes provas para revogar o veredicto original: “À luz das novas provas, estamos emitindo o veredicto”.
A pena máxima por abuso de confiança é de três anos, mas a maior parte dos juízes permitem que a pena seja trocada por serviços comunitários ou um ano de prisão. Já a pena por fraude sob circunstâncias agravantes é de um máximo cinco anos de prisão. EFE
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