Até o condenado é um ser humano
O mundo perdeu um grande escritor e um grande jornalista que era Tom Wolfe. Seu grande livro “A Fogueira das vaidades” que retrata o drama de um cidadão bem posto que atropela um negro e foge. O caso virou uma festa da mídia norte-americana.
No Brasil, o atropelamento é um homicídio culposo, mas é uma pena até pequena. Consta no livro até que o personagem poderia ter sido assaltado. Outro filmaço é um “Sonho de Liberdade”.
Mas ficando no campo exclusivo de um processo. O processo é terrível e se transforma em palco e teatro para os acusadores.
Promotores e juízes fazem coletiva e fica uma coisa fantástica. Aí que está a indignidade.
Não está na lei que o sujeito que comete um crime, por pior que seja, tenha que ser humilhado. Ele tem cumprir a pena. Tem que ser processado, tem sua defesa, culpado tem que ser condenado e cumprir sua pena. Nada além disso.
O processo é tão sério que existe a chamada ação penal privada em determinados delitos. A vítima tem direito a não fazer o processo.
O processo é muito duro. Muito difícil e terrível. Não só para o acusado, mas também para a família do acusado. Dependendo do clamor público, todo mundo vai pagar.
A história da evolução social do ser humano é a história da suavização das penas.
Hoje, a pena é imposta não pelo crime, mas para que o acusado seja ressocializado. A tal ponto ponto que ele passa a ser chamado de reeducando.
O estado tem que cumprir sua pena, condenar os culpados, mas também respeitar.
Até o condenado é um ser humano.
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