A humanidade continua em perigo sempre

  • 10/07/2017 12h02 - Atualizado em 10/07/2017 12h02
EFE/EPA/ALI ABBAS Iraquianos celebram a liberação de Mossul do Estado Islâmico na Praça Tahir, em Bagdá

Uma notícia internacional muito importante foi a retomada de Mossul das mãos do Estado Islâmico pelo exército iraquiano e a coalizão mundial que o apoiava.

Artigo da Folha de S. Paulo analisa:

Essa vitória não significa que a maior organização terrorista do mundo tenha sido destruída. Ao contrário, as chances de o grupo se fortalecer ainda mais na vasta área do deserto para onde foram rechaçados, entre os rios Tigres e Eufrates, são enormes.

O Estado Islâmico, a partir de agora, perde suas características de um proto-Estado sem fronteiras que chegou, porém, a ter o tamanho da Grã-Bretanha e controlou quase 10 milhões de pessoas. Mas pode reforçar a aura de grande protetor de sunitas oprimidos

Aí está a questão: a grande divisão entre xiitas e sunitas no mundo islâmico, iniciada pela morte de Maomé. Seu sogro sucessor, Omar, assumiu o califado, depois Othmã teve a autoridade contestada por Ali.

A humanidade continua em perigo sempre. O homem continua em perigo sempre. Não apenas pelas profundas divisões religiosas do mundo, mas também com o sonho maluco e poderoso de um tirano da Coreia, ou então nas brigas menores de nosso Rio de Janeiro com as balas perdidas atingindo crianças que ainda nem surgiram no mundo, ou simplesmente numa guarra tola de briga de torcida.

Vai se cumprindo a profecia de Guimarães Rosa em Grande Sertões: viver é arriscado.

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