Joseval Peixoto: A internet está se transformando num templo das indignidades humanas
A eleição está judicializada. A procuradora-geral da República, Raquel Dodge, oficiou à Polícia Federal para investigar suspeitas de disseminação de notícias falsas na internet, contra o PT.
A denúncia foi feita pelo jornal Folha de S. Paulo, na semana passada, citando inclusive empresas que firmaram contratos milionários para enviar pacotes de mensagens, na internet. Isso é um tipo de financiamento de campanha, que a lei eleitoral proíbe.
Acusado de estar por trás da manobra, Bolsonaro nega. Declara que não tem domínio sobre o comportamento das pessoas. E tem razão. Ninguém tem.
O PDT pediu a anulação do pleito. Difícil.
O Direito se baseia na inspiração francesa: Não há nulidade sem prejuízo.
No caso Fernando Collor, o grande jurista Miguel Reale foi incisivo: “a questão não é jurídica. É política”. E acertou. Collor foi absolvido pelo Supremo, mas, antes disso, teve que renunciar.
Se Bolsonaro, sendo eleito, não tiver domínio sobre o Congresso, vai ter problema. Mas isso tudo é debate para o futuro.
Agora, o que temos, é a utilização da internet para fins escusos. E não se diga que é só pelo pessoal da direita. Ao tempo de Dilma, havia jornalistas pagos pelo PT para injuriar e difamar outros jornalistas.
Vivemos um triste momento de nossa história. A internet, que tanto beneficio trouxe ao mundo moderno, está se transformando num templo das indignidades humanas.
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