Joseval Peixoto: Disposição de Trump e Xi Jinping ao diálogo traz alívio

  • Por Jovem Pan
  • 04/12/2018 10h03
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EFE Donald Trump e Xi Jinping A política internacional vê com algum ceticismo essa famosa trégua, surgida numa reunião de pouco mais de uma hora entre os dois líderes

O mundo respirou aliviado depois do encontro de Donald Trump e Xi Jinping, em Buenos Aires, na noite do último sábado (1º).

Na verdade não houve um acordo. Foi uma trégua e bastante curta, de apenas 90 dias. Mesmo assim foi festivamente comemorada por economistas e diplomatas que participavam do encontro do chamado G-20, na capital argentina.

Os Estados Unidos vão adiar a imposição de uma tarifa adicional de 25% em US$ 200 bilhões de produtos chineses, por 90 dias e a China se compromete a comprar mais produtos americanos, principalmente agrícolas. Certamente é importação de soja – o que anuncia um risco para a exportação brasileira.

Ainda assim, a política internacional vê com algum ceticismo essa famosa trégua, surgida numa reunião de pouco mais de uma hora entre os dois líderes, porque não saiu dali ao menos um comunicado conjunto, mas apenas afirmações isoladas de ambas as partes.

Trump classificou a reunião como produtiva e com possibilidades ilimitadas para Estados Unidos e China, enquanto o líder chinês afirmou que com cooperação é possível atingir os interesses de paz e prosperidade.

A perfeita cooperação entre as duas potências mundiais será longa e difícil, mas a disposição dos dois líderes ao diálogo trouxe um alívio no mercado financeiro internacional.

Curiosamente essa paz sedimenta uma velha sentença de Marx: a história dos povos é a história econômica dos povos.

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