Joseval Peixoto: É hora de questionar candidatos sobre a solução para a guerra entre China e EUA
O debate politico – efervescente no atrito entre os candidatos – está mascarando um dos problemas mais graves que ameaça a economia brasileira. É a alta do dólar.
A moeda americana atingiu, na última quinta-feira, seu valor nominal mais alto, desde a criação do Plano Real em 1994. Fechou cotado a quase, R$ 4,20. Exatamente, R$ 4,1952.
Alguns economistas chegam a afirmar que isso se deve à incerteza da disputa política, com a liderança de Bolsonaro e a subida inesperada de Haddad. Inesperada porque não raras vezes analistas afirmaram com todas as letras que Lula estava morto e o PT tinha acabado.
Essa visão que restringe a alta da moeda americana ao embate político dentro do país, mascara a verdadeira guerra no mercado internacional, entre China e Estados Unidos. Essa batalha se estende há vários meses.
Os dois países impuseram um ao outro tarifas de 25% sobre importações que atingem 50 bilhões de dólares. A China anuncia uma lista adicional de 60 bilhões e o presidente americano Donald Trump fala de uma sobre taxa de 200 bilhões sobre produtos chineses. Colocando mensagens no twitter que a guerra irá até a rendição da China.
As empresas brasileiras, que atuam no mercado internacional, sofrem prejuízos incontáveis com esse drama – sem a proteção do sistema financeiro com o hedge, que é uma cobertura que visa a resguardar as empresas dos riscos da variação cambial inesperada. O hedge praticamente fechou nos bancos. A situação é muito grave.
É hora de começarmos a questionar nossos candidatos sobre a solução que propõem para essa guerra entre as duas maiores economias – fato que está atingindo duramente a economia internacional.
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