Joseval Peixoto: Mais Médicos foi uma negociata com a ditadura cubana
O Brasil não pode ficar omisso diante das graves acusações que surgiram na imprensa sobre a fraude que foi a contratação de médicos cubanos, no programa Mais Médicos, no governo Dilma Rousseff.
Tudo foi uma fraude.
Até o discurso que envolveu a contratação desses profissionais, que anunciava levar medicina de qualidade para as mais longínquas regiões brasileiras, onde nossos médicos nunca pretenderam clinicar, era um discurso mentiroso.
84% das vagas deixadas pelos cubanos na semana passada foram imediatamente preenchidas pelos brasileiros. Foram abertas 8.517 vagas, em 2.824 municípios e 34 distritos especiais indígenas.
Um edital foi publicado pelo Ministério da Saúde para preenchimento das vagas, com prazo definido para o próximo dia 7 de dezembro. Em três dias, inscreveram-se 19.994 candidatos, com diplomas de universidades estrangeiras revalidados no Brasil.
Mas o fato vai muito além da mentira que foi passada à sociedade brasileira nessa questão.
Documentos diplomáticos referidos em matéria da Folha na semana passada revelam que o programa nada tinha de cuidado com a saúde de nossa população mais pobre, mas foi uma negociata com a ditadura cubana.
E nessa negociata, foi ludibriado até parlamento brasileiro. Eis que o contrato se fez não entre os países, mas através da Opas (Organização Panamericana da Saúde), a mais antiga agência internacional de saúde do mundo, vinculada à OEA e à ONU.
A intervenção da Opas, segundo a denúncia, dispensou o debate no Congresso Nacional, num contrato internacional que usava os médicos cubanos como mercadoria, uma vez que ganhavam apenas 10% do valor que o Brasil pagava a cada um deles.
O Brasil tem que abrir uma investigação rigorosa a respeito desses fatos. Não se pode impunemente enganar um povo inteiro, dessa maneira.
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