Justiça argentina rejeita recurso do vice-presidente contra processo
Buenos Aires, 1 out (EFE).- A Justiça da Argentina rejeitou nesta quarta-feira o recurso apresentado pela defesa do vice-presidente do país, Amado Boudou, contra o processo que responde por suposta falsificação de documentos relativos a um automóvel de sua propriedade, informaram fontes judiciais.
A Sala II da Câmara Federal confirmou a decisão do juiz Claudio Bonadío, que processou Boudou no início de agosto por transferir um automóvel Honda para seu nome com documentação falsa, comunicou o Centro de Informação do Poder Judiciário argentino (CIJ).
O recurso do vice-presidente foi apresentado em meados de setembro. Por ordem judicial, Boudou teve que se apresentar nesta quarta-feira para registrar suas impressões digitais.
Segundo o processo, “foi comprovado que Boudou inscreveu em seu nome o veículo com um formulário falso que contém cópias de seu documento nacional de identidade” ao que se juntou outro formulário com sua “assinatura verdadeira” e um domicílio que não era o dele.
Esses documentos foram utilizados para fixar o endereço dele no Cartório Automotor 2, de Buenos Aires.
O automóvel foi registrado no cartório “com um motor que não era o original de fábrica”, segundo a documentação assinada por Bonadio, que afirmou que o vice-presidente não pode credenciar a procedência do automóvel “de nenhuma forma”.
O juiz também acusou pelo mesmo delito María Graciela Taboada de Piñero, titular do Cartório de Propriedade Automotor 2, de Buenos Aires, como co-autora, e Agostiniana Seguin, ex-mulher do vice-presidente e que utilizava o veículo, como cúmplice.
No dia 23 de julho, o vice-presidente argentino foi intimado a depor por Bonadío, mas se negou a responder perguntas e deixou ao juiz uma mensagem escrita em que apontava como responsáveis “os gerentes” que realizaram as negociações.
Boudou também foi processado em 27 de junho pelo juiz Ariel Lijo por suposto suborno passivo e negociações incompatíveis com seu cargo em uma causa que investiga a suposta compra irregular da imprensa de papel-moeda Ciccone. EFE
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