Justiça chinesa investiga negligências em explosões em Tianjin

  • Por Agencia EFE
  • 16/08/2015 14h19
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Pequim, 16 ago (EFE).- A Corte Suprema chinesa anunciou neste domingo que abriu uma investigação para determinar se houve negligências que provocaram as explosões ocorridas no terminal de contêineres de Tianjin (norte do país) na quarta-feira.

“Averiguaremos possíveis atos ilegais, tais como abuso de poder, negligência nas obrigações ou qualquer prática que constitua um crime”, anunciou a Corte em comunicado que recolhe a agência oficial “Xinhua” neste domingo.

Até hoje, nenhum membro do governo local ou da companhia proprietária do armazém, Ruihai International Logistics, foi considerado responsável pelo ocorrido, entre informações na rede que sublinhavam possíveis vínculos entre o dono da empresa e a Prefeitura de Tianjin, não confirmados.

O diretor da Ruihai e outros empregados foram inicialmente postos sob disposição policial.

O anúncio ocorre quatro dias depois da tragédia e no meio de fortes exigências por parte dos familiares das vítimas e da sociedade chinesa de saber que provocou realmente as deflagrações, que causaram até o momento 112 mortes e deixaram pelo menos 95 desaparecidos.

As cobranças também aumentaram depois que meios de comunicação locais publicaram a hipótese de que houve irregularidades, como que a companhia não dispunha da licença para armazenar químicos perigosos ou que o terminal estava mais perto de áreas residenciais do que permite a lei, entre outras.

Equipes de resgate limpam centenas de toneladas dos restos de cianureto de sódio, altamente tóxico, que ficaram no armazém destroçado, segundo disse hoje em entrevista coletiva em Tianjin Shi Luze, porta-voz do comando militar de Pequim.

O porta-voz garantiu que os trabalhadores utilizam peróxido de hidrogênio para neutralizar a toxicidade do cianureto, e que estão construindo compartimentos para carimbar os barris danificados por este elemento, enquanto desalojam os que estão intactos.

O porta-voz também disse que foram detectados “níveis seguros de gás prejudicial” perto do epicentro.

Ainda não há explicação oficial sobre o ocorrido e nem as autoridades e nem a companhia confirmaram exatamente o conteúdo dos contêineres, nos quais agora sabe-se que havia cianureto de sódio. EFE

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