Leopoldo López chama Maduro de “ditador da Venezuela” e pede que renuncie

  • Por Agencia EFE
  • 22/03/2014 18h43

Caracas, 22 mar (EFE).- O dirigente opositor venezuelano Leopoldo López pediu ao chefe de Estado, Nicolás Maduro, que renuncie à presidência através de uma carta distribuída neste sábado entre centenas de pessoas que marcharam contra sua gestão, um escrito no qual qualificou o governante de “ditador da Venezuela”.

“Desde a prisão peço a Deus que te ilumine para que dê o passo valente e patriota de renunciar e assim abrir passagem a um futuro melhor para todos os venezuelanos”, diz a carta de López que foi lida por sua esposa, Lilian Tintori, perante os manifestantes que se reuniram.

“Também quero te dizer, a ti e aos que te acompanham, que se não der o passo que te corresponde, terá milhões de venezuelanos nas ruas e fora delas, lutando para conseguir a mudança política que nos corresponde como direito, cujas vias são consagradas por nossa Constituição”, aponta López na carta.

O dirigente disse que embora esteja “fechado e isolado”, se sente “forte e firme” como o povo venezuelano que há mais de um mês realiza protestos contra o governo de Maduro.

O dirigente está preso em uma prisão militar próxima a Caracas há mais de um mês depois que uma manifestação convocada pelo movimento estudantil e pelo grupo opositor ao qual pertence, em 12 de fevereiro, terminou em violência e deixou três mortos e dezenas de feridos.

Um tribunal de Caracas cursou ordem de apreensão contra López no mesmo dia da manifestação, acusando-o entre outros coisas de homicídio e terrorismo, após os enfrentamentos que ocorreram no término dessa manifestação e o dirigente se entregou às autoridades em 18 do mesmo mês.

Foi a partir dessa manifestação que o país passa por uma onda de protestos contra a gestão de Maduro que não parou e que, segundo dados oficiais, causou 31 mortes, mais de 450 feridos e cerca de dois mil detidos, dos quais 121 permanecem na prisão. EFE

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