Líder da Al Qaeda pede fim da luta entre islamitas na Síria

  • Por Agencia EFE
  • 23/01/2014 09h08
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Cairo, 23 jan (EFE).- O líder da Al Qaeda, Ayman al-Zawahiri, pediu nesta quinta-feira às várias facções islamitas e jihadistas que lutam na Síria para que não se enfrentem, após os sangrentos combates que eclodiram este mês no norte da Síria.

Em um áudio divulgado nas últimas horas em foruns utilizados habitualmente pelos jihadistas, Zawahiri pediu para “pararem imediatamente a luta entre os irmãos do islã que enfrentam o regime do alauita e assassino (Bashar) Al-Assad”.

Várias facções rebeldes, a maioria de tendência islamita, combatem o Estado Islâmico do Iraque e do Levante, vinculado à Al Qaeda, em várias províncias do norte da Síria, o que deixou mais de mil mortos em ambos os grupos.

Os insurgentes islamitas contam, ainda, com o apoio da Frente al Nusra, vinculada também à Al Qaeda mas rival do Estado Islâmico na Síria, onde ambos bandos querem ser o representante da organização terrorista.

Zawahiri, que já tentou antes, sem sucesso, pôr ordem nas fileiras jihadistas, fez uma convocação a todos os grupos que buscam “impor um regime islâmico justo” para que parem seu “fetna” ou divisão.

“A irmandade no islã que há entre nós é muito mais forte do que qualquer vínculo de organização. Sua união e parceria é mais valiosa para nós”, disse o dirigente da Al Qaeda.

No breve áudio, cuja autenticidade não pôde ser verificada, Al-Zawahiri propôs a formação de uma comissão para dar uma saída para a crise.

“As forças jihadistas na Síria, que estão arriscando sua vida e seu dinheiro, são nossos irmãos e não aceitamos que sejam tachados de apóstatas, blasfemos e traidores”, ressaltou.

Em novembro passado, Al-Zawahiri designou a Frente al Nusra como a única “filial da Al Qaeda na Síria, dependente do comando central”, e apontou que a atividade do Estado Islâmico se limita ao Iraque, embora o grupo tenha se mantido em território sírio.

Os principais grupos que enfrentam o Estado Islâmico são a Frente Islâmica, principal aliança opositora islamita, o Exército Livre Sírio (ELS) e o exército dos Mujahedins.

As facções insurgentes consideram que os jihadistas cometeram abusos contra o povo sírio, como assassinatos e estupros, por isso querem expulsá-los do país. EFE

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