Líder de massacre em escola de Peshawar é detido no Paquistão

  • Por Agencia EFE
  • 24/02/2015 03h50

Islamabad, 24 fev (EFE).- Um dos principais líderes do ataque contra uma escola no noroeste do Paquistão, no qual morreram 132 crianças em dezembro do ano passado, foi detido e está sob custódia do Exército, confirmou nesta terça-feira à Agência Efe uma fonte oficial.

Taj Muhammad, conhecido como Rizwan e acusado de ser o comandante de um dos dois grupos formados por três terroristas que cometeram o massacre na escola de Peshawar, foi detido ontem pelas forças de segurança, afirmou uma fonte do Exército que preferiu manter o anonimato.

O insurgente que liderava o outro grupo de terroristas, Atique Ur Rehman, conhecido como Usman, tinha sido detido nas últimas semanas, o que eleva para pelo menos 13 o número de islamitas detidos por esse atentado.

Rizwan, de 27 anos, confessou que pertence ao Tehrik-e-Taliban Pakistan (TTP), o principal grupo talibã do Paquistão, desde 2008. Esse grupo assumiu a autoria do atentado contra o colégio militar e no qual morreram, além das 132 crianças, nove funcionários do centro.

O principal suspeito de ser o mentor do ataque, o mulá Fazlullah, e seu principal colaborador, Umar Ameer, provavelmente se encontram em território afegão e os serviços de inteligência dos dois países estão trabalhando para “exterminá-los ou capturá-los” o mais rápido possível, conforme garantiu no início do mês o porta-voz do Exército do Paquistão, o general Asim Bajwa.

Desde o atentado, as forças de segurança paquistanesas intensificaram a ofensiva Zarb-e-Azb, iniciada em junho de 2014 na região do Waziristão do Norte, e lançaram uma nova operação na província de Khyber-Pakhtunkhwa, cuja capital é Peshawar, no nordeste do país.

O número presumido de talibãs mortos é superior a 2 mil nas duas operações, nas quais também morreram 226 militares e 823 ficaram feridos.

Após o massacre de Peshawar, o Paquistão realizou mais de 20 execuções de condenados por terrorismo, depois que as autoridades do país suspenderam a moratória sobre a pena de morte, vigente desde 2008. EFE

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