Líder do Hamas pede aceleração na reconstrução de Gaza após conflito
Cairo, 28 ago (EFE).- O líder do movimento islâmico palestino Hamas, Khaled Meshaal, pediu nesta quinta-feira a aceleração da reconstrução da Faixa de Gaza depois dos últimos enfrentamentos com Israel.
Em entrevista coletiva na capital catariana Doha, Meshaal pediu a solidariedade dos países muçulmanos e do “mundo livre” para reconstruir Gaza e ajudar a população afetada por mais de 50 dias de bombardeios israelenses sobre seu território.
Não há números oficiais ainda, mas as autoridades palestinas calculam as perdas em mais de US$ 5 bilhões.
Além disso, o dirigente islamita pediu a aceleração da reconciliação entre as facções palestinas e que o governo de união nacional trabalhe também em Gaza, além da Cisjordânia.
O dirigente acrescentou que o último conflito rompeu o “mito de que o Exército israelense é invencível” e levou a uma unidade política e militar entre as facções palestinas.
Além disso, Meshaal considerou que os resultados dos enfrentamentos deram um novo empurrão à opção da resistência para “a libertação completa” e destacou “o elemento palestino” como fator importante para alcançar o objetivo.
Meshaal considerou que as facções palestinas não necessitam de provas para justificar sua vitória nessa guerra e acusou os líderes israelenses de tentar impor um “triunfo alegado”.
Ontem, o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, qualificou o conflito de “grande êxito militar e político” e disse que, na sua opinião, “significou um duro golpe para o Hamas”.
Por outro lado, o líder do movimento islamita insistiu que o desarmamento das facções palestinas não se encontra entre os assuntos das negociações indiretas com Israel previstas dentro de um mês.
A reação de Meshaal aconteceu após Israel e as milícias palestinas aceitarem na terça-feira passada um acordo de cessar-fogo permanente apresentado pelo Egito para pôr fim a 50 dias de combates.
54% dos israelenses acreditam que não houve ganhador algum no recente conflito em Gaza, no qual morreram mais de 2,1 mil palestinos, em sua grande maioria civis, e 69 israelenses, 64 deles soldados.
Hoje mesmo, o presidente da Autoridade Nacional Palestina, Mahmoud Abbas, afirmou que Netanyahu aceitou o estabelecimento de um Estado palestino nas fronteiras de 1967. EFE
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