Maduro se reunirá amanhã com Ban Ki-moon para tratar controvérsia com Guiana

  • Por Agencia EFE
  • 27/07/2015 22h39

Caracas, 27 jul (EFE).- O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, se reunirá amanhã com o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, em Nova York para tratar a controvérsia territorial com a vizinha Guiana pela região do Essequibo.

“O presidente @NicolasMaduro se reunirá com Ban Ki-moon para defender a pátria das agressões do novo governo da Guiana”, informou a chanceler venezuelana, Delcy Rodríguez, em sua conta no Twitter.

“O secretário-geral da ONU receberá as denúncias diretamente de nosso presidente, que defenderá os direitos da Venezuela sobre Essequibo e sua soberania”, escreveu Rodríguez, acrescentando que o chefe do Executivo viajará na noite desta segunda-feira a Nova York para ter amanhã esta “reunião especial”.

Ban se reuniu no último dia 10 de julho com a chanceler Rodríguez, que lhe entregou uma carta de Maduro pedindo os “bons ofícios” da ONU para resolver sua controvérsia com a Guiana.

O secretário-geral “confirmou o recebimento da carta do presidente sobre a controvérsia fronteiriça entre Guiana e Venezuela e reafirmou a disposição do Secretariado da ONU para discutir o caminho a seguir com os dois governos”.

A controvérsia pela região do Essequibo, de 160.000 quilômetros quadrados – que representam dois terços do território da Guiana – e sua faixa atlântica tem mais de um século de antiguidade e está sob mediação constante da ONU desde a assinatura do Acordo de Genebra em 1966 por ambos Estados.

Nesta região, a transnacional petrolífera Exxon Mobil descobriu uma jazida petrolífera no último mês de maio.

A Venezuela solicitou há poucos dias que Ban atribuísse um novo mediador para resolver a disputa territorial, um nome que tem que ser aprovado por consenso pelos dois países e que a Guiana evitou comentar se receberia seu sinal verde.

Por outro lado, Georgetown deixou clara sua rejeição ao processo de bons ofícios porque, segundo seu chanceler, Carl Greenidge, a Venezuela o utilizou para manter a disputa territorial sobre a região sem uma solução. EFE

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