Mais um capítulo triste do corredor da morte de crianças inocentes
O Tribunal de Justiça de São Paulo decidiu inocentar a mãe e o padrasto de uma menina de 2 anos que sofria tortura, em Araçatuba, interior de São Paulo.
Segundo os desembargadores do Tribunal de Justiça, o que a mãe e o padrasto faziam não era tortura e, sim, “conduta atípica” e eles foram soltos e a guarda da menina foi devolvida para a mãe.
No vídeo publicado pelo jornal Folha da Região e divulgado hoje pelo Radioatividade é possível ver claramente o padrasto dando cebola ao invés de maça para a menina comer, ela caindo de sono sentada na cama e o padrasto gritando para assustá-la e obrigando que ela durma sentada, além dele e da mãe rirem quando ela cai com as pernas amarradas com fita adesiva tentando andar.
O programa Radioatividade denuncia as sistemáticas violações de direitos das crianças no sistema jurídico brasileiro, uma triste realidade, apesar de toda a legislação garantindo não apenas os direitos mas a prioridade deles e o dever de todo cidadão de proteger a infância.
O último caso apresentado envolvendo o Tribunal de Justiça de São Paulo foi do garoto Ezra, devolvido ao convívio da mãe e do padrasto apesar da recomendação contrária dos técnicos. Ele foi encontrado esquartejado em um freezer. Cobrado pelo Radioatividade, o TJ-SP disse que não tomaria nenhuma medida de requalificação dos servidores e magistrados envolvidos no caso.
Os nomes no presente caso foram preservados porque se trata de processo de Direito de Família, em segredo de Justiça.
Assista vídeo:
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