Manifestantes pedem aos EUA o fim dos bombardeios na Síria e no Iraque

  • Por Agencia EFE
  • 25/09/2014 21h37
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Washington, 25 set (EFE).- Dezenas de manifestantes pediram nesta quinta-feira o fim dos bombardeios contra o Estado Islâmico (EI) na Síria e no Iraque, em uma concentração em frente à Casa Branca, por considerarem esta ofensiva como “parte do imperialismo americano”.

Os manifestantes foram convocados pela coalizão A.N.S.W.E.R. (sigla que forma a palavra “resposta” em inglês) e permaneceram de pé e sob a chuva em frente à Casa Branca por 45 minutos, gritando palavras de ordem para que os aviões que bombardearam hoje a Síria pela terceira vez “voltem para casa”.

“Isto é o princípio de uma nova intervenção no Iraque”, destacou em declarações à Agência Efe a Coordenadora Nacional da “A.N.S.W.E.R.”, Sarah Sloan, que durante o protesto levou um cartaz amarelo no qual estava escrito: “A intervenção na Síria está baseada em uma mentira”.

Na sua opinião, a ofensiva faz parte de uma “estratégia imperialista” que quer instaurar “pela força” governos favoráveis aos Estados Unidos no Oriente Médio.

Assim, os ativistas se referiram aos “países aliados” dos EUA – como Arábia Saudita, Turquia e Catar – e os acusaram de “armar” o Estado Islâmico (EI) com o objetivo de derrubar o governo sírio de Bashar al Assad.

“O Estado Islâmico não existiria, nem na Síria nem no Iraque, se não fosse pela agressão militar americana que eliminou os governos nacionalistas e seculares do Iraque em 2003 e da Líbia em 2011”, disseram.

Nesse ponto, acusaram a Casa Branca de violar a lei internacional e a soberania síria ao bombardear esse país sem a permissão de Bashar al Assad, governante que não é reconhecido pelos Estados Unidos.

Sobre esse tema, o ativista Robert Mosdim conversou com a Efe e garantiu que “os americanos não querem outra guerra interminável”, em referência à do Iraque, que o presidente Barack Obama deu por encerrada em 2011 após nove anos de ações bélicas.

A concentração de hoje foi convocada na segunda-feira, o mesmo dia em que os EUA anunciaram que tinham começado sua ofensiva contra o EI em território sírio com a participação de outros países.

Os organizadores do protesto incentivaram a realização de outras manifestações contra os bombardeios na Síria por todo o país. EFE

bpm/rpr

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