Aliado a “quadrilha”, desafio de Alckmin é mostrar que não é “mais do mesmo”

  • Por Jovem Pan
  • 21/07/2018 09h01 - Atualizado em 21/07/2018 09h09
PAULO LOPES/FUTURA PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO Mesmas siglas que estão agora com Geraldo Alckmin aliaram-se a Dilma Rousseff em 2014 tendo em vista a perspectiva de poder para saquear o erário, disse Villa

O professor Marco Antonio Villa comentou durante o Jornal da Manhã deste sábado (21) os principais assuntos do dia.

Sobre a aliança de Geraldo Alckmin (PSDB) com os cinco partidos do chamado “centrão”, Villa destacou que as siglas são fisiológicas. O Solidariedade, por exemplo, é instrumento de Paulinho da Força, “que nunca pensou no interesse público”, disse.

“O Paulinho não cumprimenta alguém se não quiser algo em troca”, criticou o comentarista.

Já sobre Ciro Gomes (PDT), ele fez um movimento “catastrófico” em direção ao “direitão”, disse Villa. Ciro perdeu muito e agora tenta fazer um movimento em direção à esquerda, destacou.

Villa lembrou da origem do nome “Solidariedade”, um partido que surgiu com trabalhadores da Polônia, e lamentou que o nome no Brasil é usado para um partido fisiológico.

Agora, pondera, vão carimbar no Alckmin a imagem de “candidato do sistema” e, se possível, de “candidato do Temer”.

O desafio do ex-governador tucano é mostrar a seu eleitorado que não é “mais do mesmo” estando com Paulinho, Valdemar Costa Neto, etc. Ele não é uma figura carismática, mas vende bem seu discurso, apontou Villa.

Quando o “pau quebrar” a partir de 31 de agosto, quando teremos a campanha mais curta da história, vamos ver o que as pesquisas vão mostrar, ponderou.

Para Villa, pela fotografia de momento, o PSB se aproximar de Ciro é muito improvável. O comentarista entende que o grande derrotado da semana é Ciro Gomes.

E lembrou que “todo esse direitão estava com a Dilma” pois tinham uma expectativa de poder. “Essa quadrilha vislumbra a perspectiva de se manter no poder com o Alckmin”, disse.

Bolsonaro

Agora é a hora da verdade para Jair Bolsonaro (PSL), afirmou também Villa, destacando que o PR fechou a porta para o pré-candidato, “que não tem uma estratégia de campanha”.

Tanto que, durante um jantar, decidiu lançar outro nome como possível candidato a vice, mostrando improviso.

Ele tenta atrair as mulheres, e Janaína Paschoal teria essa importância. Para Villa, seria um grande desafio conciliar as visões de mundo de liberdades individuais de Janaína com as perspectivas de Bolsonaro.

Com um discurso de extrema direita, Bolsonaro aparece nos jornais estimulando uma criança a imitar uma arma.

Villa também fez suas previsões para a rodada do Campeonato Brasileiro deste fim de semana. O comentarista espera que o São Paulo vença e fique mais perto da liderança. Ouça o comentário de Villa:

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