Busca por vices mostra cenário de crise profunda de lideranças políticas

  • Por Jovem Pan
  • 28/07/2018 11h46
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Jovem Pan Até o momento, empresários, príncipes, astronautas e atores já foram cogitados para a função

Neste sábado (28), diversos partidos realizam convenções para definir nomes que disputarão as próximas eleições. Apesar de alguns candidatos já serem conhecidos, algo que chama a atenção é a dificuldade que estes presidenciáveis vêm apresentando para conseguir definir quem serão os vices em suas chapas.

O problema da consolidação das candidaturas e das alianças dificulta ainda mais esse processo. Com isso, cresce o número de opções de fora do espectro político. Até o momento, empresários, príncipes, astronautas e atores já foram cogitados para a função por Jair Bolsonaro, Geraldo Alckmin e Marina Silva.

É uma brincadeira. Nós estamos em um cenário de uma crise profunda de lideranças políticas e isso se reflete no processo eleitoral.

Pode entrar uma ex-guerrilheira, um ex-militar da reserva, pode entrar qualquer um. Eu acho que isso é tergiversar da questão central, que é a falta de quadros competentes na política nacional. Não é um problema que algum militar da reserva faça parte da política. Para mim, não há diferença entre militares e civis, desde que os militares não estejam na ativa.

No fundo, essa é uma falsa questão. A verdade é que existe a ausência de quadros, o medo que as pessoas boas têm de participar da política, porque, no Brasil, política virou sinônimo de corrupção.

Eleição em São Paulo

A disputa no Estado de São Paulo vai ser, insisto, entre Doria e Skaf.

O Doria tem uma rejeição em SP por ter saído da Prefeitura mesmo depois de ter assumido o compromisso de ficar os quatro anos. Ele pode ter suas razões, mas o eleitor pensa de uma outra forma.

Já o Skaf tem por trás toda a estrutura da Fiesp e conseguiu consolidar uma figura. Já é a terceira vez que é candidato, tem se consolidado especialmente na área de educação e agora colocou um pé na área de segurança com a indicação de sua vice, uma tenente-coronel da Polícia Militar de SP.

O Márcio França está só observando para ver quem irá apoiar no segundo turno.

Tenho absoluta certeza de duas coisas: primeiro, haverá segundo turno. 2006, 2010 e 2014 não houve, mas dessa vez haverá.

Segundo: França vai apoiar o Skaf no 2° turno. O Pt vai apoiar também, mas indiretamente.

Então, o quadro indica que o Doria vence no primeiro turno em SP, mas terá muita dificuldade no 2° turno contra o Skaf.

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