Censura não combina com democracia

  • Por Jovem Pan
  • 19/07/2018 11h38
Sergio Amaral/STJ Ministra destacou que o process movido por Ilan Paciornik (foto), meses após a veiculação do comentário, “repõe em foco o que se pretende que deixe de ser objeto de atenção”

No comentário final do Jornal da Manhã desta quinta-feira (19), Marco Antonio Villa leu trechos da decisão liminar da presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) Cármen Lúcia, de manter no ar vídeo de comentário do próprio Villa, de 2016, em que o analista expõe dados públicos dos vencimentos de um ministro do Superior Tribunal de Justiça, Joel Ilan Paciornik.

O ministro do STJ entrou com uma queixa em Curitiba dando um prazo de 72 horas para que a Jovem Pan retirasse do ar o comentário sob multa diária de R$ 1 mil. Cármen Lúcia revogou a decisão da justiça paranaense, apontou o risco de censura na medida e destacou que o processo, dois anos após a veiculação do comentário, “repõe em foco o que se pretende que deixe de ser objeto de atenção”. Leia mais detalhes da decisão aqui.

“Há um direito que adquirimos na Constituição de 1988 e uma luta histórica pela liberdade de pensamento, de imprensa, de opinião, de organização. Essas liberdades são condições indispensáveis para um Estado democrático de direito”, ponderou. “Censura não combina com democracia”, concluiu Villa.

Relembre o comentário de Villa de setembro de 2016. Villa apontou que o ministro recebeu R$ 118.412,27 em maio de 2016, dos quais R$ 65.799,67 foram “vantagens individuais” e R$ 20.537,99 foram “indenizações”.

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