Marco Antonio Villa – Bolsonaro deve acabar com tripé negativo: PSL, filhos e ministros cruzadistas
O historiador Marco Antonio Villa comenta sobre os casos que movimentaram o noticiário brasileiro nesta semana. Casos como o de Gustavo Bebianno, o de Luciano Bivar, PSL e reforma da Previdência. Confira abaixo:
Caso Bebianno: A crise envolvendo o ministro Gustavo Bebianno continua. A questão central é que o país hoje tem a reforma da Previdência como foco. Nos últimos três dias a saída do ministro da Secretaria-Geral da Presidência continua em foco. Isso ocorre ainda por causa de um dos pés do tripé nefasto do Governo, que envolve os filhos do presidente, neste caso, especificamente, Carlos Bolsonaro. É uma briga entre o filho do presidente, que tem certo desequilíbrio emocional, sabotando o ministro. A impressão que dá é que tudo isso terminará com a saída de Bebianno do Governo e com Carlos voltando ao Rio de Janeiro para trabalhar.
Bebianno foi desautorizado pelo presidente da República ao ser chamado indiretamente de mentiroso. Ele tinha de pegar o boné dele e sair. Estamos com 46 dias de Governo e há sucessão de problemas do tripé negativo composto por PSL, filhos do presidente e ministros cruzadistas.
Relação Bolsonaro e PSL: A questão que envolve o partido passa por Luciano Bivar quando Bolsonaro se deslocou ao PSL. Bivar é pessoa problemática. Em 2001, quando era presidente do Sport de Recife, ele contou que pagou à CBF para convocar o volante Leomar. Esse é Bivar. Agora vimos que gastos do partido em Pernambuco foram para empresas do filho dele. O partido é um problema.
Reforma da Previdência: Ou o Governo ganha com a reforma ou ele acaba, mas é preciso profissionalismo, gente capaz e equilibrada. O relator deve ser deputado experiente, com trânsito em diversas correntes políticas, conheça o Congresso e o projeto e seja respeitado. A partir dali, uma articulação republicana pela aprovação.
Lei anticrime: Na véspera da apresentação da reforma da Previdência será encaminhado o projeto de Sergio Moro. Agora será questão de velocidade. As medidas encaminhadas pelo Ministério da Justiça são clamadas pela sociedade. A prioridade é a Previdência, mas dá para correr com a lei anticrime pelas comissões. Não creio que um dê problemas para o outro.
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