Marco Antonio Villa: Temos que repudiar as tentativas de politizar o ato de um tresloucado

  • Por Jovem Pan
  • 08/09/2018 16h45 - Atualizado em 08/09/2018 16h53
  • BlueSky
Tomaz Silva/Agência Brasil Agressor do deputado Jair Bolsonaro deixa a Polícia Federal em Juiz de Fora após cerca de três horas de interrogatório

Atacado com um golpe de faca na cidade de Juiz de Fora, em Minas Gerais, o deputado federal e candidato à Presidência da República Jair Bolsonaro (PSL) se encontra internado no hospital Albert Einstein, em São Paulo.

Para o historiador e comentarista da Jovem Pan, Marco Antônio Villa, o atentado não tem ligação política, muito menos religiosa, pois foi cometido por um tresloucado. “É um atentado a um político e não um atentado político”.

No Jornal da Manhã deste sábado (8), o comentarista disse mais uma vez que o ataque tem que ser repudiado, assim como as tentativas de politizar o ato, como o filho do presidenciável, Flávio Bolsonaro, e o General Augusto Heleno estão querendo fazer.

“Flávio Bolsonaro foi à publico dizer que a imprensa tem que tomar vergonha na cara. Não, a imprensa não precisa tomar vergonha na cara. Ela noticia, interpreta livremente de acordo com a constituição. Só quem quer ditadura é que a imprensa tome vergonha na cara. O Flávio Bolsonaro disse ainda que a imprensa não age com isenção. O que não é verdade. É necessário dizer a ele também que é preciso ter serenidade, calma e equilíbrio. Não querer faturar politicamente com o ato de um louco. O cidadão Adélio Bispo é um louco”, comentou Villa.

Sobre o General Augusto Heleno, que por meio de um áudio, culpou o ataque ao candidato à Presidência da República pelo PSL à mídia, o comentarista da Jovem Pan, disse que faltou reflexão ao militar e que suas palavras foram desastrosas.

“General Augusto Heleno disse que a razão do atentado foi o desfecho literal de uma campanha diária obstinada que parte da imprensa desencadeou contra ele. Isso não corresponde a verdade. Isso é querer jogar os partidários de Bolsonaro contra a imprensa e calar a imprensa. Isso se chama censura (…) Espero que ele não continue falando isso. Ele disse que tentou dar ao autor do atentado, que ele é um radical fiel dos ideais marxistas. O homem mal consegue falar, é um semianalfabeto, um sujeito louco que se diz da esquerda”, disse.

“Tanto General Augusto Heleno, quanto Flávio Bolsonaro querem politizar um ato para obter dividendos eleitorais e isso nós temos que repudiar e dizer não. Tanto repudiar o covarde atentado, como repudiar tentativas de politizar e faturar eleitoralmente com o ato do transloucado. Neste momento a serenidade, a calma e o equilíbrio são essenciais para os que defendem a democracia”, concluiu.

  • BlueSky

Comentários

Conteúdo para assinantes. Assine JP Premium.